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Pence diz que assassinato de Khashoggi é ataque à imprensa livre

O vice presidente americano confirmou a viagem da diretora da CIA, Gina Haspel, à Turquia para revisar "provas" do crime

Khashoggi: Trump disse "não estar satisfeito" com as explicações dadas até agora pelo governo saudita (Osman Orsal/Reuters)

Khashoggi: Trump disse "não estar satisfeito" com as explicações dadas até agora pelo governo saudita (Osman Orsal/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 14h01.

Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 14h04.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, qualificou nesta terça-feira o "brutal" assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi de "ataque à imprensa livre e independente".

"Este brutal assassinato de um jornalista, de um homem inocente, de um dissidente, não ficará sem uma resposta americana", afirmou Pence em uma conferência patrocinada pelo jornal "The Washington Post".

O vice-presidente ressaltou que o governo americano utilizará "todos os meios à disposição" para solucionar o caso.

Neste sentido, Pence confirmou a viagem da diretora da CIA, Gina Haspel, à Turquia para revisar "provas" do ocorrido, para depois informar suas conclusões ao presidente dos EUA, Donald Trump.

Nesta terça-feira, Trump afirmou "não estar satisfeito" com as explicações dadas até agora pelo governo saudita.

Pence se pronunciou assim horas depois de o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmar que o "selvagem assassinato" de Khashoggi no consulado saudita em Istambul foi "planejado".

Erdogan pediu ao rei saudita, Salman bin Abdulaziz, que revele a identidade do suposto "colaborador local" que ajudou, de acordo com a versão de Riad, as autoridades consulares a se desfazerem do corpo do jornalista.

Depois de várias informações contraditórias, na última sexta-feira Arábia Saudita admitiu que Khashoggi morreu em uma "briga" dentro do consulado no dia 2 de outubro e ordenou a detenção de 18 suspeitos.

Além disso, o governo saudita informou que está tomando todas as medidas para que os "envolvidos diretos" prestem contas do ocorrido, "seja quem for", e acrescentou que formou uma comissão ministerial, liderada pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, para "reformar" o serviço de Inteligência do país.

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