Peña Nieto declarou que as duas nações assumiram o compromisso de criar uma "fronteira do século 21" e que para isso se definiram uma agenda de contatos e ações (Claudia Daut/México)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 07h19.
Cidade do México - O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, afirmou nesta quinta-feira que seguirá combatendo o crime organizado com uma estratégia cujo fim é reduzir a violência que castiga o país e com a qual colaborarão os Estados Unidos.
O líder americano, Barack Obama, ofereceu toda sua disposição a colaborar, sob o princípio de "respeito mútuo, para conseguir maior eficácia na estratégia de segurança" do governo mexicano, disse Peña Nieto.
"Reconhecemos a cooperação que o governo dos Estados Unidos veio tendo com o governo do México", afirmou Peña Nieto em entrevista coletiva no Palácio Nacional que compartilhou com Obama, que chegou hoje à Cidade do México em visita de trabalho.
"A nova estratégia em matéria de segurança em nosso país tem um claro propósito: combater o crime organizado sob qualquer modalidade", seja narcotráfico, sequestro, extorsão ou qualquer outro delito.
Em seu discurso, o governante mexicano informou também que tinha decidido com Obama adotar ações conjuntas para conseguir uma "fronteira mais segura" que facilite a passagem de pessoas e bens.
Peña Nieto declarou que as duas nações assumiram o compromisso de criar uma "fronteira do século 21" e que para isso se definiram uma agenda de contatos e ações, as quais não detalhou.
Por sua vez, na entrevista coletiva conjunta, Obama agradeceu em espanhol a Peña Nieto e ao povo mexicano por sua hospitalidade. "Estamos de acordo em continuar com uma estreita cooperação em segurança", indicou o líder americano.
Obama também expressou seu apoio às reformas empreendidas pelo governo de Peña Nieto e ressaltou que o "ponto principal é o foco na redução da violência".
Em declaração conjunta emitida após sua reunião bilateral, os dois líderes anunciaram a criação de um Diálogo Econômico de Alto Nível, que estará liderado em nível ministerial, para "promover a competitividade, produtividade e conectividade", assim como em "fomentar o crescimento econômico e a inovação".
Ambos destacaram que "o sustento da bem-sucedida relação econômica" bilateral é o comércio, que foi de quase US$ 500 bilhões em 2012.