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Peluso: STF pode julgar Ficha Limpa antes das eleições

Presidente do tribunal diz que é grande a possibilidade do julgamento ocorrer antes do pleito

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cézar Peluso (Wilson Dias/ABr/Arquivo)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cézar Peluso (Wilson Dias/ABr/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, disse hoje que o plenário da Corte "tem possibilidade" de julgar antes das eleições a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Em entrevista no Palácio do Planalto, após participar de uma cerimônia, Peluso foi questionado sobre a nova lei, que está impedindo a candidatura de políticos com problemas na Justiça. "É bem possível que se julgue antes das eleições", disse.

Na rápida entrevista, Peluso disse que a decisão tomada ontem pelo ministro César Ayres Britto, que julgou improcedente a reclamação do candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz, não significa uma sinalização do julgamento da constitucionalidade do Ficha Limpa pelo Supremo. "Não é sinalização de nada. É simplesmente a postura do ministro que deu a decisão", afirmou Peluso, referindo-se a Ayres Britto.

Roriz está enfrentando dificuldades em manter sua candidatura por causa da nova lei. O TSE indeferiu o registro de sua candidatura, o que levou Roriz a recorrer ao Supremo. Ontem, Ayres Britto negou o recurso ao candidato, que ainda pode recorrer ao plenário do STF.

Peluso evitou ainda comentários sobre o escândalo da quebra de sigilo fiscal de tucanos e parentes do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. "Isso é assunto para os políticos", disse, enquanto tentava deixar o térreo do Planalto e se desvencilhar dos jornalistas.

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que estava ao lado de Peluso, limitou-se a dizer que o caso da quebra de sigilo está sendo investigado pela Polícia Federal. Barreto chegou a dizer que daria uma entrevista para responder às perguntas dos repórteres, mas deixou o Palácio do Planalto sem atender a imprensa.

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