Mundo

Pelo menos 5 requerimentos de criação de CPI aguardam assinaturas no Congresso

Insatisfações na base aliada do governo têm estimulado a oposição no Congresso a tentar criar comissões parlamentares de inquérito

No Senado, o PSDB tem 22 assinaturas das 27 necessárias para criar uma comissão que investigará as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes (Xênia Antunes/Stock.xchng)

No Senado, o PSDB tem 22 assinaturas das 27 necessárias para criar uma comissão que investigará as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes (Xênia Antunes/Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2011 às 18h11.

Brasília - As insatisfações na base aliada do governo têm estimulado a oposição no Congresso a tentar criar comissões parlamentares de inquérito (CPI). Em apenas sete meses de governo, pelo menos cinco requerimentos para a criação de uma CPI no Senado, na Câmara ou em ambos circulam nas duas casas em busca de assinaturas.

No Senado, o PSDB tem 22 assinaturas das 27 necessárias para criar uma comissão que investigará as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes. O líder do partido, senador Álvaro Dias (PR), chegou a conseguir todas as subscrições necessárias, mas o governo se mobilizou e conseguiu que dois senadores retirassem os nomes. Com isso, o requerimento voltou à estaca zero, mas a maior parte das assinaturas já foi recolocada.

O líder também busca apoio para uma CPI sobre a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os oposicionistas querem investigar os empréstimos concedidos pelo banco a grandes companhias e o financiamento de fusões empresariais.

Na Câmara, o PPS tenta criar uma CPI para apurar denúncias de desvio de recursos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento. O partido começou a coleta de assinaturas na última quinta-feira (11) e precisará conseguir o apoio de 171 deputados.
Há ainda as comissões mistas, que precisam da adesão de 27 senadores e 171 deputados.

Atualmente, os partidos de oposição estão trabalhado por duas delas: uma para investigar as denúncias de irregularidades nos ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura e outra para apurar suspeitas de desvio de verbas destinadas à Saúde. Essa última conta com 100 assinaturas na Câmara e 25 no Senado.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), acredita que, mesmo com as insatisfações, integrantes da base não passarão para a oposição. “Desde quando começou o governo, a oposição só fala em CPI. O Brasil está bem e é a solução para o mundo. A dificuldade [de instalar a comissão] é que o governo está tomando todas as medidas para investigar. A CPI é coisa séria, não é para [a base] discutir se está com raiva ou não”, disse Vaccarezza.

Segundo ele, o governo não irá aumentar as verbas para o pagamento de emendas parlamentares, mas a partir desta semana deve começar a liberar as que já estavam acordadas. “Já estava definido o processo de liberação de emendas a partir do segundo semestre. Segunda ou terça, começam as liberações. Já tem R$ 1 bilhão para ser liberado para emendas”, acrescentou.

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), defende os inquéritos parlamentares e diz que eles são mais eficientes do que a investigação por outras vias institucionais. “A CPI tem poder de quebrar sigilos, conseguir informações que o Ministério Público só consegue com autorização do Judiciário”.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCongressoDados de Brasil

Mais de Mundo

O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Donald Trump anuncia Elon Musk para chefiar novo Departamento de Eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA