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Pelo menos 45 pessoas morreram em bombardeios no Iêmen, diz ONU

Nos últimos quatro dias, cerca de 45 civis morreram durante os bombardeios coordenados pela coalizão árabe

Iêmen: mais de 6,3 mil civis morreram desde o início do conflito em 2015 (REUTERS/Stringer NO RESALES/Reuters)

Iêmen: mais de 6,3 mil civis morreram desde o início do conflito em 2015 (REUTERS/Stringer NO RESALES/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de abril de 2018 às 09h38.

Genebra - O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou nesta terça-feira a morte de pelo menos 45 pessoas, todos civis, em diferentes bombardeios durante os últimos quatro dias.

A porta-voz desta instituição Elizabeth Throssell explicou que na sexta-feira um bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita matou todos os passageiros de um veículo que se dirigia à cidade de Al Arish, no distrito de Mawza do governo de Taizz, por isso que morreram 21 civis, entre eles cinco crianças.

Habitantes da população asseguraram ao Escritório de Direitos Humanos da ONU que não havia no momento do ataque nenhum alvo militar na zona que pudesse justificar o bombardeio.

Dois dias mais tarde, bombardeios deixaram um "grande número de civis mortos" em dois incidentes separados, afirmou Throssell na entrevista coletiva bisemanal da ONU em Genebra.

O ataque mais devastador, explicou, aconteceu em um casamento no distrito de Bani Qua'is no governo de Hajjah.

Investigações preliminares da equipe do Escritório de Direitos Humanos da ONU "sugerem que dois bombardeios mataram pelo menos 19 civis e feriram outros 50, dos quais mais da metade era crianças, relatou a porta-voz.

As vítimas não tinham nenhuma afiliação política, segundo os residentes locais e também não neste caso, de acordo com seu testemunho, havia na vizinhança alvos militares.

No domingo, a coalizão atacou supostamente uma casa no distrito de Midi do governo de Hajjah em um bombardeio, no qual morreram os cinco membros de uma mesma família, entre eles três crianças e uma mulher, quando lanchavam no imóvel.

A coalizão anunciou que investigará o bombardeio contra a casamento, mas o Escritório da ONU pediu à aliança militar árabe a fazer o mesmo de maneira plena e transparente.

"Os responsáveis devem prestar contas e devem ser proporcionados indenizações às vítimas", apontou a porta-voz, que pediu à coligação que assegure que suas forças cumpram com os princípios das distinções, proporcionalidade e precaução em seus ataques.

De acordo com a ONU, mais de 6,3 mil civis morreram e 9,9 mil foram feridos desde o início do conflito armado em março de 2015 no Iêmen, mas o número de mortes é provavelmente maior.

 

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