Faixa de Gaza: protestos que desencadearam onda de violência foram causados pela instalação da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 15 de maio de 2018 às 17h21.
Última atualização em 15 de maio de 2018 às 17h37.
Autoridades palestinas informaram que apenas nesta terça-feira (15) - segundo dia de escalada de violência na Faixa de Gaza -já são 417 feridos. A maioria das vítimas é de feridas a bala e sofre com problemas respiratórios causados pela inalação de gás lacrimogêneo.
Pelos dados dos palestinos, apenas ontem (14) houve 60 mortos e 2.771 feridos, inclusive um bebê do sexo feminino de 8 meses, que inalou gás lacrimogêneo e não resistiu.
Os protestos que desencadearam a onda de violência foram causados pela instalação da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Com a medida, o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, passa a reconhecer Jerusalém, cidade sagrada para três religiões monoteístas e alvo de disputas entre palestinos e israelenses, como sendo de Israel.
As manifestações ocorrem no momento do 70º aniversário do Dia da Nakba (Catástrofe), em comemoração ao exílio forçado aos palestinos após a criação do Estado de Israel. As regiões de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental amanheceram hoje com lojas, escolas, universidades e creches fechadas.
*Com informações da Telesur, emissora pública de televisão da Venezuela.