A violência continua no país apesar da visita de Valerie e da chegada do enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, prevista para este sábado (AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2012 às 14h33.
Cairo - Pouco depois do anúncio de que a subsecretária geral para Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos, fará uma visita a Homs, na Síria, a oposição ao regime de Damasco denunciou que pelo menos 39 pessoas morreram nesta quarta-feira no país, a maioria nesta cidade.
Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram em comunicado sobre 'novos massacres' no castigado bairro de Baba Amr, em Homs, onde as forças de segurança mataram 20 pessoas.
O grupo opositor denunciou que treze membros de uma família, entre eles cinco menores de idade, foram degolados numa fazenda próxima a Baba Amr, enquanto sete integrantes de outra família foram mortos pela ação das forças de segurança e pelos 'shabiha' (milicianos leais ao regime).
Também em Homs, o bairro de Karm al Zeitun e uma localidade próxima de Al Rastan foram atacadas com fogo de artilharia.
As informações não puderam ser comprovadas de forma independente devido às restrições impostas ao trabalho da imprensa pelo regime de Bashar al Assad.
Fontes diplomáticas ocidentais disseram à Agência Efe que a chefe humanitária da ONU se dirigiu a Homs após se reunir em Damasco com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid al Moualem. A viagem, no entanto, não foi confirmada oficialmente e nem há previsão da data de chegada de Valerie.
Os CCL informaram que as outras vítimas fatais foram registradas na província de Idlib (seis), em Deraa (três), nos arredores de Damasco (dois) e na localidade de Atareb (dois), situada na periferia de Aleppo.
Em Idlib, na localidade de Khan Sheijun, escutaram-se fortes explosões devido ao contínuo bombardeio de artilharia das tropas do regime, segundo o grupo opositor.
A violência continua no país apesar da visita de Valerie e da chegada do enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, prevista para este sábado.
Mais de 7.500 pessoas já morreram na Síria nos mais de onze meses que dura a rebelião contra o regime de Bashar al Assad, segundo dados da ONU, embora os grupos opositores calculem que este número ultrapassa 8.500.