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Pelo menos 25 pessoas são assassinadas em chacina na Nigéria

O ataque aconteceu ontem à noite em uma residência de estudantes da Escola Federal Politécnica em Mubi, no estado de Adamawa

Fachada da escola politécnica de Mubi, Nigéria, nas proximidades da residência onde um ataque deixou dez mortos
 (AFP)

Fachada da escola politécnica de Mubi, Nigéria, nas proximidades da residência onde um ataque deixou dez mortos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 19h56.

Lagos - Pelo menos 25 pessoas, entre elas 19 estudantes, foram assassinadas e vários ficaram feridos na cidade nigeriana de Mubi por indivíduos armados que abriram fogo contra eles, informou nesta terça-feira o jornal local ''Daily Times''.

O ataque aconteceu ontem à noite em uma residência de estudantes da Escola Federal Politécnica em Mubi, no estado de Adamawa, disse uma testemunha, citada pelo jornal.

A Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA, na sigla em inglês) reconheceu a existência de mortos, mas não divulgou números concretos.

Aparentemente, os atiradores enfileiraram as vítimas, perguntaram seus nomes e, sem critério aparente, mataram alguns e pouparam outros, relatou um professor citado pelo ''Daily Times''.

Embora ninguém tenha assumido o ataque por enquanto, a seita radical islâmica Boko Haram já cometeu ataques contra estudantes no passado. Além disso, o Exército nigeriano efetuou recentemente uma batida contra os islamitas em Mubi, na qual um dirigente da seita morreu e vários membros foram detidos.

O Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais ''a educação não-islâmica é pecado'', luta para impor a lei islâmica na Nigéria, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já causou 1,4 mil mortes, segundo dados da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

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