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Pelo menos 24 insurgentes morrem em ataque na Nigéria

Pelo menos 24 insurgentes morreram em um ataque coordenado pela milícia radical islâmica Boko Haram contra instalações militares em cidade nigeriana

Carros incendiados após ataque do Boko Haram, na Nigéria: a Nigéria sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas (Stringer/Reuters)

Carros incendiados após ataque do Boko Haram, na Nigéria: a Nigéria sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 10h38.

Lagos - Pelo menos 24 insurgentes morreram em um ataque "em massa" coordenado pela milícia radical islâmica Boko Haram contra instalações militares na cidade nigeriana de Maiduguri, informou o exército do país.

De acordo com um comunicado do general Chris Olukolade, os ataques não causaram vítimas civis. No entanto, a imprensa local contradiz a informação e afirma que um alto número de pessoas morreu.

O ataque aconteceu durante a madrugada de segunda-feira, quando cerca de 500 insurgentes em caminhões e motocicletas se lançaram contra a base aérea do exército, entre outros alvos.

O confronto procovou uma troca de tiros que durou mais de cinco horas e, de acordo com fontes militares, matou 24 insurgentes e feriu dois soldados.

Além disso, três aviões e dois helicópteros ficaram "fora de serviço", acrescentou o porta-voz em seu comunicado.

Fontes do exército relataram à Agência Efe que o Boko Haram atacou os veículos aéreos porque eles são usados para bombardear os insurgentes.

Após o ataque, o governo do estado de Borno, cuja capital é Maiduguri, impôs um toque de recolher que permite apenas a circulação de veículos de emergência.

Desde maio, a Nigéria faz uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país (todos eles sob estado de emergência), após um aumento da atividade criminosa nessa região, onde opera Boko Haram.

O grupo, cujo nome significa em línguas locais "a educação não-islâmica é pecado", luta para impor a "sharia", a lei islâmica no sentido mais rígido, na Nigéria, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia matou o líder de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que causou mais de 3 mil mortes, segundo números do exército nigeriano.

Com aproximadamente 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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