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Pelo 9º dia seguido, Morales enfrenta protestos violentos

Manifestantes reivindicam reajuste médio de salário de 15%

Evo Morales, presidente da Bolívia: governo sinalizou com aumento de 10% (Chris McGrath/Getty Images)

Evo Morales, presidente da Bolívia: governo sinalizou com aumento de 10% (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 15h04.

Brasília – Pelo nono dia consecutivo, o governo da Bolívia enfrenta hoje (15) mais um dia de protestos liderados por profissionais de várias categorias que reivindicam reajuste médio de salário de 15%. As manifestações tomaram conta das principais ruas de La Paz e em algumas delas objetos foram queimados em meio a gritos de guerra, bandeiras da Bolívia e cartazes com críticas ao presidente Evo Morales.

Ao longo dos últimos dias, os protestos geraram embates entre manifestantes e policiais. O ministro da Casa Civil da Presidência, Oscar Coca, lamentou o que chamou de “vandalismo” e “ameaças” à ordem. Coca condenou a coordenação das manifestações que é da Central Obrera Boliviana (COB). Segundo ele, ontem (14), na reunião com o governo, os sindicalistas não se dispuseram a buscar o fim do impasse.

Desde a semana passada, professores, aposentados da zona rural, motoristas de transportes públicos e caminhões, assim como funcionários do Conselho Nacional de Saúde protestam na Bolívia. Para o ministro, alguns setores são essenciais e não podem aderir à greve.

Os profissionais exigem reajuste médio de 15%, mas o governo Morales sinalizou com 10% para os salários das áreas de educação, saúde, das Forças Armadas e dos policiais. Na conversa com a central dos trabalhadores, Coca lembrou que um aumento mais elevado nos salários afetará o déficit fiscal deste ano, que deve ficar em 4,5%.

As informações são da Agência Boliviana de Informações (ABI). O ministro, que comanda as negociações com a central de trabalhadores, disse que o foco está nas reivindicações dos professores e dos funcionários do setor de saúde. De acordo com Coca, os trabalhadores das áreas da indústria e de mineração retornaram ao trabalho.

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