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Pela primeira vez na história da Eslováquia, uma mulher será presidente

Zuzana Caputová superou o vice-presidente Maros Sefcovic, obtendo 58,3% dos votos contra 41,7% do adversário

Zuzana Caputova: duas semanas atrás, no primeiro turno, ela havia saído com o melhor desempenho (David W Cerny/Reuters)

Zuzana Caputova: duas semanas atrás, no primeiro turno, ela havia saído com o melhor desempenho (David W Cerny/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de março de 2019 às 14h18.

Última atualização em 17 de abril de 2019 às 11h50.

A Eslováquia concluiu seu processo eleitoral ontem (30) com a realização do segundo turno do pleito, que resultou na vitória da advogada de direitos cidadãos, anti-corrupção e pró-União Europeia Zuzana Caputová, de 45 anos.

Com a vitória, ela será a primeira presidente mulher da história do país. Caputová superou o vice-presidente Maros Sefcovic, obtendo 58,3% dos votos contra 41,7% do adversário. O oponente ocupava o cargo de comissário da União Europeia para a Saúde.

Duas semanas atrás, no primeiro turno, ela havia saído com o melhor desempenho. E confirmou o apoio do eleitorado. Após a divulgação do resultado, agradeceu pela votação não somente em eslovaco, mas em línguas de minorias, como o húngaro e o romani.

O gesto simbólico é exemplo da campanha da nova presidente, marcada pela defesa da diversidade e contra discurso de ódio. No agradecimento, Caputová destacou ter chegado ao resultado sem golpes baixos verbais, agressões e uma retórica populista.

O eleitorado eslovaco, assim, foi de encontro ao movimento na Hungria, onde o presidente Viktor Orbán promove discurso anti-União Europeia e nacionalista.

Segundo a Deutsche Welle, o sucesso da nova mandatária eslovaca faz parte de um movimento reformista liberal crescendo na Europa Central que prega valores como Estado de Direito e transparência, justiça social e solidariedade. Na Eslováquia, este ganhou corpo com protestos após o assassinato de um jornalista investigativo Jan Kuciak e sua noiva, Martina Kusnirová, em fevereiro do ano passado.

* Com informações da Deutsche Welle

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