O peixe pode evitar obstáculos, comunicar-se com os outros robôs, mapear onde eles estão e saber como voltar para a base quando a vida útil da bateria terminar (Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 18h46.
Londres - Um "peixe-robô" desenvolvido por cientistas europeus para melhorar o monitoramento da poluição na água deixou o laboratório e foi levado ao mar para um teste no porto de Gijón, no norte da Espanha, nesta terça-feira.
Os desenvolvedores esperam que a nova tecnologia, que reduz o tempo necessário para se detectar poluentes de semanas para segundos, seja vendida para autoridades portuárias, companhias que atuam com águas, aquários e qualquer pessoa com interesse em monitorar a qualidade da água.
O robô também pode ter versões para limpeza de vazamentos de petróleo, segurança subaquática, monitoramento de mergulhadores ou busca e salvamento no mar, disseram.
O peixe, que tem 1,5 metro de comprimento e custa atualmente 20.000 libras (31.600 dólares), é projetado para nadar como os peixes reais e equipado com sensores para encontrar poluentes que vazaram de navios ou dutos submarinos.
Eles nadam independentemente, coordenados um com o outro, e transmitem suas leituras para uma estação terrestre a até um quilômetro de distância.
"Os sensores químicos colocados no peixe permitem análise em tempo real, in loco, em vez do método atual de coleta de amostras e envio para um laboratório na costa", disse Lucas Speller, um cientista da consultoria britânica BMT Group, que liderou o projeto.
O peixe pode evitar obstáculos, comunicar-se com os outros robôs, mapear onde eles estão e saber como voltar para a base quando a vida útil da bateria de oito horas estiver acabando, segundo seus criadores.
Após os testes desta semana, a equipe vai avaliar modificações necessárias para colocar o peixe em produção comercial, o que eles esperam que reduza o custo de cada unidade.
O desenvolvimento do projeto foi cofinanciado pela UE e teve participação da Universidade de Essex e da Universidade de Strathclyde na Grã-Bretanha, no Instituto Nacional Tyndall, da Irlanda, e da Thales Safare, uma unidade do maior grupo eletrônico de defesa da Europa, o Thales , que foi responsável pela tecnologia de comunicação.