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Pegida convoca ato islamofóbico após ameaças jihadistas

Diversos grupos convocaram para amanhã contramanifestações em Leipzig e a polícia prepara um amplo esquema de segurança com até 4.000 agentes


	Braço do Pegida protesta: organizadores solicitaram autorização para manifestação de até 60 mil pessoas
 (Michael Dalder/Reuters)

Braço do Pegida protesta: organizadores solicitaram autorização para manifestação de até 60 mil pessoas (Michael Dalder/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 15h39.

Berlim - Depois de ter um protesto cancelado pela polícia ontem em Dresden, por supostas ameaças terroristas, simpatizantes do movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) convocaram nesta terça-feira um grande protesto em Leipzig, na Alemanha.

Segundo informou Michael Wilhelm, secretário de Interior do estado da Saxônia, ao qual pertencem ambas as cidades do leste alemão, os organizadores solicitaram autorização para uma manifestação de até 60 mil pessoas.

Neste caso, não há motivos para que o ato não seja realizado, já que não existe um "perigo concreto" como o que se pesava sobre a manifestação de Dresden, berço e reduto do Pegida.

Diversos grupos convocaram para amanhã contramanifestações em Leipzig e a polícia prepara um amplo esquema de segurança com até 4.000 agentes, para o qual solicitou a colaboração de outros estado.

Até agora, as grandes manifestações de Pegida ocorreram em Dresden, onde o movimento conseguiu levar cerca de 25 mil pessoas às ruas na semana passada.

A adesão às manifestações organizadas pelos simpatizantes do Pegida em Leipzig, que se autodenominam Legida, foi muito baixa até o momento e na segunda-feira passada menos de 3.000 participantes compareceram.

Em comparação, Dresden também recebeu na semana passada uma das principais concentrações organizadas na Alemanha contra a xenofobia, com cerca de 30 mil presentes.

A decisão do comando da polícia de Dresden de proibir ontem todos os tipos de concentrações ao ar livre na cidade após as ameaças terroristas contra o líder do Pegida, Lutz Bachamann, gerou um grande debate na Alemanha.

Enquanto as autoridades da cidade defenderam a necessidade de atuar com responsabilidade para garantir a segurança de todos os cidadãos, vários representantes policiais e líderes políticos pediram que esse tipo de proibições sejam totalmente excepcionais e que sejam dados os passos oportunos para garantir o exercício da liberdade de expressão.

Segundo o jornal "Leipziger Volkszeitung", a promotoria de Dresden estuda se procede abrir uma investigação por incitação à xenofobia contra o líder do Pegida, Lutz Bachmann, alvo das ameaças de morte jihadistas que o obrigaram a suspender a manifestação de ontem.

A promotoria analisa comentários de Bachmann em sua página no Facebook, já apagados, nos quais teria criticado os refugiados e litigantes de asilo que chegam à Alemanha de "animais", "sem-vergonhas" e "ralé".

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