Mundo

Pedofilia na Austrália é o dobro do estimado, diz grupo

Orgão católico australiano afirmou que casos de pedofilia no país são o dobro do estimado pelo papa Francisco

Papa Francisco: número de sacerdotes pedófilos foi historicamente de 4%, diz entidade (Gabriel Bouys/AFP)

Papa Francisco: número de sacerdotes pedófilos foi historicamente de 4%, diz entidade (Gabriel Bouys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 09h52.

Sydney - Um órgão católico australiano encarregado de combater a pedofilia na Igreja afirmou nesta terça-feira que o número de sacerdotes pedófilos no país foi historicamente de 4%, o dobro do que o papa Francisco estimou, segundo o jornal italiano La Repubblica.

O jornal italiano publicou no domingo uma entrevista do santo padre na qual ele dizia que, "segundo números contrastados, a porcentagem de pedófilos na Igreja é de 2% (...) Estes 2% incluem sacerdotes e inclusive bispos e cardeais".

Pouco depois, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que os números não correspondem com o que o papa quis dizer em sua entrevista a Eugenio Scalfari, o fundador do La Repubblica.

Francis Sullivan, chefe do Conselho para a Verdade, a Justiça e a Reparação, declarou que esta porcentagem foi historicamente maior na Austrália.

O conselho está compilando uma base de dados sobre abusos sexuais cometidos por religiosos na Austrália que remonta a 1940. Segundo os dados preliminares, a porcentagem de padres que abusaram de crianças foi de 4% na ilha-continente, segundo Sullivan.

"Até o momento temos números muito mais altos do que o papa disse na imprensa", declarou Sullivan à AFP.

O funcionário insistiu que a estimativa é um cálculo histórico, e que isso "não significa que no clero atual existam 4% de culpados de abusos sexuais de crianças".

O conselho espera concluir a base de dados em nível nacional no fim do ano.

Acompanhe tudo sobre:AustráliaIgreja CatólicaPaíses ricosPapa FranciscoPapasPedofilia

Mais de Mundo

Magnata vietnamita terá que pagar US$ 11 bi se quiser fugir de pena de morte

França afirma que respeitará imunidade de Netanyahu se Corte de Haia exigir prisão

Em votação apertada, Parlamento Europeu aprova nova Comissão de Ursula von der Leyen

Irã ativa “milhares de centrífugas” em resposta à agência nuclear da ONU