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Pedidos de asilo aumentam 24% no primeiro semestre, diz ONU

Número de pessoas que pedem asilo em países industrializados aumentou 24% no primeiro semestre de 2014, devido conflito na Síria e no Iraque


	Refugiados da Síria: sírios continuam a ser os mais numerosos requerentes de asilo
 (Stringer/Reuters)

Refugiados da Síria: sírios continuam a ser os mais numerosos requerentes de asilo (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 13h32.

Genebra - O número de pessoas que pedem asilo em países industrializados aumentou 24% no primeiro semestre de 2014, devido ao conflito na Síria e no Iraque, indicaram as Nações Unidas.

Dois terços dos solicitantes foram registrados em seis países: Alemanha (65.659), Estados Unidos (52.835), França (29.009), Suécia (28.511), Turquia (27.729) e Itália (24.481), de acordo com a Agência das Nações Unidas para is Refugiados (Acnur).

Cerca de 330.700 pessoas pediram asilo a um país industrializado entre janeiro e junho de 2014, ou seja, 24% a mais do que no mesmo período do ano passado, indica o relatório do Acnur baseado em dados apresentados por 44 países industrializados.

Os 28 países da União Europeia registraram um aumento de 23% (216.300 pedidos), especialmente no sul da Europa.

Os sírios, cujo país está devastado por uma guerra civil que já dura três anos e meio, continuam a ser os mais numerosos requerentes de asilo (48.400 pedidos), seguidos por iraquianos (21.300), fugindo da violência dos jihadistas.

Além disso, os afegãos (19.300) e eritreus (18.900) são outros grandes imigrantes por causa da instabilidade em seus países, de acordo com o Acnur.

O número de solicitantes de asilo nos países industrializados em 2014 pode chegar a seu nível mais alto em 20 anos, desde as guerras na ex-Iugoslávia, de acordo com previsões da agência da ONU, que espera cerca de 700 mil pedidos devido a "multiplicação dos conflitos no mundo".

"O sistema humanitário global enfrenta grandes dificuldades", declara em um comunicado o alto comissário para os refugiados, António Guterres, que instou os governos dos países industrializados a explicar aos seus cidadãos que o número de candidatos aumentará caso tais conflitos não sejam resolvidos.

Os requerentes de asilo representam, no entanto, uma pequena proporção das pessoas forçadas a fugir de suas casas por causa da guerra, da violência e outros conflitos.

Em 2013, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, o número de pessoas deslocadas no mundo por causa de conflitos e crises foi superior a 50 milhões, alcançando 51,2 milhões.

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