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Pedetista admite que nomeou Lupi para seu gabinete

Fundador do PDT, Sami Jorge admitiu hoje que nomeou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em seu gabinete na Câmara dos Vereadores carioca

Carlos Lupi afirmou, primeiro, que estava sob forte pressão de deputados da oposição e, portanto, não se lembrou naquele momento que viajara naquela aeronave (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Lupi afirmou, primeiro, que estava sob forte pressão de deputados da oposição e, portanto, não se lembrou naquele momento que viajara naquela aeronave (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 21h19.

Rio de Janeiro - Fundador do PDT, presidente de honra do partido e chefe do legislativo municipal do Rio por 11 anos, Sami Jorge admitiu hoje que nomeou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em seu gabinete na Câmara dos Vereadores carioca, atendendo a pedidos de aliados políticos. Segundo ele, a prática é comum na cidade.

Veterano da cena política carioca, com seis mandatos de vereador e três de deputado, Jorge fez questão de ressaltar, no entanto, que atualmente não voltaria a requisitar Lupi como assessor. Na Câmara do Rio, o ministro chegou a ocupar cargo de símbolo DAS-9, cuja remuneração atual é superior a R$ 9,5 mil.

"Nesse momento, obviamente que não. Autoridades muito superiores a minha estão ainda debatendo os assuntos pertinentes a esse senhor. Eu não teria meios nem teria informes que pudessem fazer julgar, favoravelmente ou não, a essa pergunta", disse o ex-vereador, que atualmente tem um cargo na administração municipal do Rio como articulador político do prefeito Eduardo Paes (PMDB). "É um caso que não haveria como examinar. Seria melhor fingir que não recebeu (o pedido de nomeação)".

Reportagem publicada no jornal "Folha de S. Paulo" mostrou que Lupi teve dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos durante cinco anos. Ele foi lotado no gabinete de Jorge entre outubro de 2000 e novembro de 2005 e teve um cargo na liderança do PDT na Câmara dos Deputados, em Brasília, entre dezembro de 2000 e novembro de 2005.

No fim de 2006, após ser derrotado na eleição ao governo do Rio, Lupi voltou ao legislativo carioca, passou pelo gabinete de Jorge e de Charbel Zaib, outro vereador pedetista, até ser exonerado em fevereiro de 2007 - um mês antes de assumir o Ministério do Trabalho. De acordo com o Diário Oficial do Poder Legislativo do Município do Rio, Lupi foi contratado como consultor no gabinete de Zaib, em cargo de símbolo DAS-9. Na época, a remuneração para essa função era de R$ 7 mil. Atualmente, o valor é superior a R$ 9,5 mil.

Apesar de afirmar que acredita que Lupi tenha desempenhado as funções para qual foi remunerado durante cinco anos e três meses na Câmara do Rio, Jorge não soube explicar que tipo de trabalho o ministro desempenhou. "Acho que ele desempenhou os serviços que lhes eram destinados", disse o ex-presidente da Câmara Municipal do Rio.

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