Cliente em supermercado em San Francisco, Califórnia (Justin Sullivan/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 30 de maio de 2025 às 11h47.
O índice de preços dos gastos de consumo pessoal (PCE) nos EUA, dado chave para o Federal Reserve (Fed) em suas decisões sobre as taxas de juros, fechou o mês de abril com alta de 2,1% em termos anuais, uma cifra ligeiramente menor que os 2,3% de março, segundo informou nesta sexta-feira, 30, o Escritório de Estatísticas Econômicas (BEA).
O novo indicador ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 2,2%. Em termos mensais, os preços cresceram apenas 0,1%, após permanecerem estáveis em março.
Este relatório de abril é o primeiro do tipo que reflete resultados econômicos após a aplicação das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
Para os analistas, esses números podem ser um sinal de que, embora se espere um impulso na alta dos preços devido a essas políticas, esse impacto inflacionário ainda não se reflete em dados econômicos concretos.
Excluindo alimentos e energia, os itens mais voláteis, o índice PCE aumentou 2,5% em comparação com o mesmo mês de 2024, uma décima a menos que em março, em linha com o previsto pelos analistas.
Segundo o relatório do BEA, os gastos de consumo cresceram 0,2% em termos mensais em abril.
Os preços dos bens energéticos e serviços relacionados subiram 0,5% em abril em relação ao mês anterior, enquanto os preços dos alimentos diminuíram 0,3%, após alta de 0,5% em março.
O índice de preços PCE é calculado considerando a inflação (ou deflação) de uma ampla gama de gastos de consumo e reflete as mudanças no comportamento do consumidor.
Este dado é fundamental para o Fed, que o observa de perto na hora de decidir sobre política monetária, junto com a inflação subjacente, o desemprego e o Produto Interno Bruto (PIB), que, segundo estimativas revisadas, contraiu 0,2% no primeiro trimestre do ano, o primeiro dado negativo desde 2022.
As taxas de juros permanecem por enquanto em uma faixa entre 4,25% e 4,5%, embora o Fed tenha alertado que espera “uma ou duas reduções” até o final do ano.
A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) para avaliar possíveis mudanças nas taxas ocorrerá nos dias 17 e 18 de junho próximos.