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Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 14h02.
Brasília - O PCdoB confirma hoje (16), oficialmente, o apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República durante a convenção nacional da legenda. No encontro do partido, que ocorre em Brasília, serão definidas propostas para serem incorporadas na campanha de Dilma.
A confirmação do apoio ocorre quatro dias depois que o PT nacional decidiu apoiar a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney do PMDB, contra a decisão do PT no estado que manifestou apoio ao pré-candidato do PCdoB ao governo do estado, Flávio Dino.
Para o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a decisão sobre o Maranhão repercute na relação local entre PT e PCdoB, mas não afeta a aliança nacional. Sem dúvidas deixa sequela, mas não o suficiente para abalar o projeto nacional. Temos que pensar nas outras alianças que foram formadas nos outros estados com o PT.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, disse que o partido nunca perdeu de vista o que é maior, o que é prioritário. Nesse momento, nosso projeto maior é a eleição de Dilma. Ele ainda ressaltou que a decisão de apoiar Dilma e seu candidato a vice, Michel Temer (PMDB) foi aprovada por unanimidade pelo partido.
O PCdoB comanda o Ministério dos Esportes desde o começo do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, quando também ocupou o Ministério da Integração Nacional, com Aldo Rebelo. Além disso, o PCdoB preside a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com Haroldo Lima, e a Agência Nacional de Cinema (Ancine), com Manoel Rangel, além da diretoria da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ocupada por Luiz Fernandes.
O conjunto de propostas do partido não tem data definida para ser apresentada à Dilma. O PCdoB defende que a pauta do desenvolvimento com distribuição de renda é o ponto mais fraco da oposição que fracassou com esse projeto nos anos de 1990, segundo o texto aprovado. Além disso, eles consideram que os avanços na área econômica seriam o diferencial para a campanha de Dilma.
Também participaram da convenção políticos de outros partidos da base aliada, como o vice-presidente, José Alencar (PR), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra e o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.