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Paz na República Democrática do Congo fica mais distante

República Democrática do Congo (RDC) e os rebeldes congoleses do M23 adiaram, mais uma vez, a assinatura de um acordo de paz


	Soldados congoleses: ainda não foi fixada uma nova data para a continuação das discussões entre Kinshasa e os insurgentes do M23
 (REUTERS/Kenny Katombe)

Soldados congoleses: ainda não foi fixada uma nova data para a continuação das discussões entre Kinshasa e os insurgentes do M23 (REUTERS/Kenny Katombe)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 12h23.

Campala - A República Democrática do Congo (RDC) e os rebeldes congoleses do M23 adiaram, mais uma vez, a assinatura de um acordo de paz - anunciou o governo de Uganda.

Ainda não foi fixada uma nova data para a continuação das discussões entre Kinshasa e os insurgentes do M23 - completou Uganda, país que exerce o papel de mediador nas negociações entre Kinshasa e o M23.

A delegação da RDC "renunciou a firmar um acordo de paz com o M23", declarou o porta-voz do governo de Uganda, Ofwono Opondo, em sua conta no microblog Twitter, acrescentando que as discussões foram adiadas "sine die".

À imprensa, Opondo explicou que a delegação congolesa se recusou, no último momento, a entrar na sala onde se assinaria o acordo. "Eles pediram, tardiamente, uma mudança dos termos do acordo. Então, adiamos", continuou.

As negociações foram bloqueadas por uma questão semântica, já que o governo de Kinshasa se negou a assinar um texto que mencionasse especificamente o termo "acordo".

Em Kinshasa, o porta-voz do governo, Lambert Mende, disse não estar "surpreso" com o anúncio de Kampala.

"Nós queríamos firmar uma declaração, mas o negociador está obstinado, por uma razão que não conhecemos, a nos impor um acordo. (...) Se mudar de opinião, incluindo esta noite, podemos assinar", declarou Mende à AFP.

Mais cedo, o porta-voz Ogondo havia dito que as delegações do M23, do governo da RDC e observadores europeus, americanos, da ONU e da União Africana estavam na residência do presidente ugandense, em Entebbe, onde o texto seria assinado.

O documento que deveria ter sido assinado nesta segunda poderia acabar com 18 meses de sangrentos confrontos no leste da RDC e resolver a situação dos cerca de 1.700 combatentes do M23 refugiados em campos em Uganda.

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