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Payroll: EUA cria 256 mil vagas em dezembro, muito acima da previsão do mercado

Saúde e governo estão entre as áreas que mais criaram vagas no período; desemprego ficou em 4,1%

Placa de "Estamos contratando" em loja da Califórnia (Paul Morris/Bloomberg /Getty Images)

Placa de "Estamos contratando" em loja da Califórnia (Paul Morris/Bloomberg /Getty Images)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 10h35.

Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 10h51.

O número de vagas de emprego criadas nos Estados Unidos foi de 256 mil vagas em dezembro, e a taxa de desemprego atingiu 4,1%, informou o governo americano nesta sexta-feira, 10.

A expectativa de analistas era de que haveria a criação de 155 mil vagas, de acordo com os jornais Wall Street Journal e Washington Post. Eles esperavam ainda que o desemprego ficasse em 4,2%.

Houve criação mais forte de vagas nas áreas de saúde, governo e assistência social, além de uma retomada nas vagas no comércio varejista.

O desemprego ficou em 4,1%, dentro da faixa que se mantém nos últimos sete meses, entre 4,1% e 4,2%. O total de pessoas sem emprego é de 6,9 milhões de pessoas.

Além disso, houve alta nos rendimentos. O ganho médio por hora subiu 0,3% em relação a novembro, para US$ 35,69. O valor é 3,9% maior do que em dezembro de 2023.

Segundo o Wall Street Journal, a alta na imigração nos EUA desde a pandemia trouxe cerca de 10 milhões de pessoas aos EUA, boa parte delas em idade de trabalho, o que permite ao país criar mais postos de trabalho sem que a economia passe por um superaquecimento.

Economia aquecida

Este foi o último dado divulgado ainda na gestão de Joe Biden. Donald Trump tomará posse como presidente em 20 de janeiro, e promete tomar medidas para acelerar ainda mais a economia americana e a criação de empregos.

Analistas apontam que o PIB dos EUA deve ter subido 2,5% em 2024. No começo do ano, a expectativa era de alta de 1%.

O alto número de empregos sinaliza uma economia aquecida, o que aumenta as chances de o Fed (banco central americano) pausar o corte nas taxas de juros que começou a fazer em 2024. Há a expectativa de que promessas de Trump, como deportar imigrantes e ampliar tarifas de importação, possam gerar mais inflação.

A próxima decisão de juros do Fed será em 29 de janeiro. Os membros da entidade sinalizaram que a taxa deverá se manter sem alterações. Hoje ela está na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, um dos valores mais altos das últimas décadas.

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