Para Sindicatos, zona do euro é parte da crise de confiança que impacta diretamente os mercados financeiros internacionais (Ralph Orlowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2011 às 09h22.
Paris, 8 out (EFE).- Os sindicatos patronais da França, Itália e Alemanha reivindicaram neste sábado uma maior integração econômica e política na Europa, por considerarem que a União Europeia é um 'elemento determinante' na prosperidade e na liderança econômica do continente.
A francesa Medef, a italiana Cofindustria e a alemã BDI consideraram que a Europa e a zona do euro fazem parte da crise de confiança 'profunda' que afeta aos mercados financeiros internacionais, por isso devem 'se comprometer de maneira decidida para restabelecer a confiança'.
'Para que seja possível estabelecer as bases de uma Europa do século 21 próspera e politicamente forte, pedimos à UE que comece a trabalhar na direção do novo Tratado, que constituirá uma nova etapa em direção a união política e econômica mais forte', apontam em comunicado conjunto.
A presidente do sindicato francês, Laurence Parisot, e seus colegas, a italiana Emma Marcegaglia e o alemão Hans-Peter Keitel, sugerem a transformação do mecanismo europeu de estabilidade em fundo independente que possa operar a partir de regras 'claras e transparentes'.
Além de perseguir o equilíbrio orçamentário, a proposta é que o fundo se oriente de maneira prioritária para modificar as estruturas portadoras de crescimento.
'Para reforçar a eficácia desse programa, a Comissão e o Banco Europeu de Investimento deverão intensificar a sinergia entre os programas de empréstimos e os financiamentos comunitários, concretamente com aumento dos mecanismos de cofinanciação', reza esse texto.
Os presidentes das três maiores organizações empresariais da zona do euro sustentaram que todo apoio financeiro estipulado pelo fundo 'seja submetido a uma análise prévia de sustentabilidade da dívida', e pediram que essa estrutura incluísse mecanismo que permita a 'reestruturação das dívidas' em último recurso.
'Não há nenhuma razão para que a economia real se afunde de novo na crise. A economia real mundial está intacta. Inúmeras empresas europeias são líderes mundiais em seu domínio. As perspectivas econômicas globais seguem carregadas de promessas e perspectivas', apontam nessa nota.
Para esses três representantes, o que se questiona são as posturas econômicas e políticas: 'uma Europa diversa, composta de inúmeros países, não poderá manter sua posição econômica e conservar seu status de decisório político neste mundo por outro lado, a menos que avanço sem pausa em direção a uma união política'.
Os três estimam que o respeito ao princípio da subsidiariedade, o compromisso em favor da diversidade e da concorrência e a aceitação das especificidades dos países não contradizem esse objetivo, e pedem por isso aos responsáveis comunitários e governamentais que assumam 'com determinação' suas responsabilidades. EFE