Brasil é um dos mais ativos na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti – que é formada por cerca de 12 mil homens de várias nacionalidades (Cristiano Mariz/VEJA)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2011 às 06h58.
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está hoje (11) em Porto Príncipe, no Haiti. O objetivo é ampliar a ajuda brasileira no processo de reconstrução do país, que foi devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, por meio da cooperação técnica e da assistência humanitária. O Brasil é um dos mais ativos na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) – que é formada por cerca de 12 mil homens de várias nacionalidades.
Patriota tem reuniões com o presidente do país, Michel Martelly, e o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no Haiti, embaixador Mariano Fernández. O governo do Brasil foi um dos primeiros a anunciar a liberação de doações quando houve o terremoto no ano passado, além de firmar acordos em várias áreas.
Na semana passada, Martelly alertou que parte dos US$ 4 bilhões doados pela comunidade internacional ao seu país foi mal utilizada. Para ele, houve falta de “controle de gastos” no país. As doações para os haitianos foram feitas por governos, instituições públicas e organizações privadas, assim como órgãos internacionais.
Martelly tomou posse no cargo em maio e reconheceu que está com dificuldades para fiscalizar a aplicação dos recursos doados ao Haiti. Ele suspeita do desvio de dinheiro doado. Para o presidente, uma das alternativas para conter o problema é a criação de fundo nacional para a aplicação dos recursos destinado à área social – educação, saúde e infraestrutura, além de incentivos à agricultura.
Em 12 de janeiro de 2010, o Haiti enfrentou um terremoto de 7 graus na escala Richter. Os tremores de terra provocaram cerca de 200 mil mortes, e também causaram a destruição de prédios públicos, escolas, hospitais e casas. As autoridades anunciaram que sem o apoio da comunidade internacional o país não conseguiria se refazer. Houve ajuda de vários setores.
Ainda hoje o Haiti tenta se recompor. Paralelamente surgiu a epidemia de cólera no país, afetando principalmente os moradores da região de Porto Príncipe, onde há a maior concentração populacional do país.