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Patriota se reunirá em Ramala com Mahmoud Abbas

De tarde, em seu retorno a Jerusalém, terá um encontro com representantes de ONGs israelenses e palestinas, segundo o programa da visita


	Antonio Patriota: para Patriota, o Brasil está em uma "situação única para escutar a todas as partes e participar dos esforços da paz"
 (Evaristo Sa/AFP)

Antonio Patriota: para Patriota, o Brasil está em uma "situação única para escutar a todas as partes e participar dos esforços da paz" (Evaristo Sa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 08h58.

Jerusalém - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, continua nesta segunda-feira sua viagem pelo Oriente Médio com uma visita a Ramala na qual se reunirá com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Em seu segundo dia de agenda oficial na região, também realizará reuniões de trabalho com o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, o titular de Relações Exteriores, Riad Maliki, e o negociador Saeb Erekat.

Antes de seu último encontro em Ramala fará a protocolar oferenda floral perante o túmulo do histórico líder palestino Yasser Arafat e visitará a Rua Brasil, junto à Muqata e inaugurada pelo então presidente Inácio Lula da Silva em março de 2010.

De tarde, em seu retorno a Jerusalém, terá um encontro com representantes de ONGs israelenses e palestinas, segundo o programa da visita.

Na primeira visita de um ministro das Relações Exteriores brasileiro à região desde que o Brasil reconheceu a Palestina como estado no final de 2010, Patriota defendeu um maior protagonismo de seu país no Oriente Médio e como eventual mediador para a paz.

"Veremos o Brasil adotando um alto perfil em linha com seu peso econômico e o fato de que mantemos relações amigáveis com todos os membros das Nações Unidas e não temos inimigos", expressou ontem ao presidente israelense, Shimon Peres, com quem começou sua agenda de trabalho após dois dias de visita privada, nos quais visitou os lugares santos em Jerusalém e Belém.

Para Patriota, o Brasil está em uma "situação única para escutar a todas as partes e participar dos esforços da paz" entre israelenses e palestinos.

"Gostaríamos de ver que a paz entre Israel e os palestinos avança a um ritmo mais rápido, mas parece que há uma paralisia no que algum dia se denominou processo de paz", considerou.

Ao contrário do chefe da diplomacia brasileira, que lembrou em seus encontros vários assuntos da agenda regional, seus interlocutores israelenses preferiram se concentrar no programa nuclear do Irã.

O ministro brasileiro, que deixa a região amanhã chegou a Israel na sexta-feira passada, quando foi a título privado ao kibutz Bror Jail, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde moram principalmente emigrantes judeus de origem brasileira. 

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