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Patriota: OEA deve considerar postura de Mercosul e Paraguai

Patriota admitiu que o órgão americano ainda está em fase de deliberação sobre a possível suspensão do Paraguai devido à destituição do ex-presidente Fernando Lugo

Ministro Antonio Patriota: ''O Mercosul e a Unasul assumiram uma postura importante'' (Elza Fiúza/ABr)

Ministro Antonio Patriota: ''O Mercosul e a Unasul assumiram uma postura importante'' (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 19h23.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, afirmou nesta quinta-feira que seria ''importante'' que a Organização dos Estados Americanos (OEA) considerasse a decisão do Mercosul e da Unasul de suspender o Paraguai.

''O Mercosul e a Unasul assumiram uma postura importante. Esque os órgãos maiores levem em consideração o que esses subgrupos decidiram'', afirmou Patriota em entrevista coletiva concedida por ocasião da visita a Brasília do chanceler de Santa Lúcia, Alva Baptiste.

Patriota admitiu que o órgão americano ainda está em fase de deliberação sobre a possível suspensão do Paraguai devido à destituição do ex-presidente Fernando Lugo decretada em 22 de junho em um julgamento político realizado no Senado.

O ministro brasileiro afirmou que falou com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que teria manifestado ''séria preocupação'' pela ''ausência do direito amplo de defesa'' do ex-presidente Lugo no processo que levou a sua cassação.

Ontem, o governo dos Estados Unidos se opôs à ideia de suspender o Paraguai da OEA e apoiou a proposta do secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, de enviar uma missão ao país latino-americano.

''Não parece que haja uma razão para suspender o Paraguai da OEA'', disse a secretária de Estado adjunta para a América Latina dos EUA, Roberta Jacobson, em entrevista coletiva.

Tanto o Mercosul como a Unasul decidiram suspender o país até as próximas eleições presidenciais, previstas para abril de 2013.

O Mercosul aproveitou a suspensão do Paraguai para aprovar a entrada da Venezuela no bloco, que aguardava desde 2006 a aprovação do Legislativo paraguaio.

O Paraguai apresentou um requerimento ao Tribunal Permanente do Mercosul para restabelecer seus direitos no bloco e para objetar a inclusão plena da Venezuela.

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