Mundo

Passagem do furacão Maria deixa 13 mortos em Porto Rico

O furacão, agora rebaixado para categoria 3 - depois de atingir a categoria máxima de 5 - deixou 33 mortos por sua passagem pelo Caribe

Porto Rico: "O que provoca mais mortes neste tipo de evento é a chuva" (Dave Graham/Reuters)

Porto Rico: "O que provoca mais mortes neste tipo de evento é a chuva" (Dave Graham/Reuters)

A

AFP

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 17h30.

Treze pessoas morreram e 700 foram resgatadas depois da passagem do devastador furacão Maria por Porto Rico, que lutava nesta sexta-feira contra fortes inundações, além da completa falta de eletricidade, água potável e comunicações.

O furacão, agora rebaixado para categoria 3 - depois de atingir a categoria máxima de 5 - deixou 33 mortos por sua passagem pelo Caribe, sendo duas vítimas fatais em Guadalupe, 15 em Dominicae três no Haiti.

Mas é em Porto Rico que a situação é mais grave.

Estão previstas chuvas torrenciais que agravarão as inundações no território de 3,4 milhões de habitantes, que poderão ficar sem eletricidade durante vários meses e com uma rede de telecomunicações quase totalmente destruída.

O presidente americano, Donald Trump, declarou o território "zona de grande desastre", o que libera fundos ilimitados de ajuda federal para a ilha.

"Porto Rico está totalmente devastado e em um estado muito delicado", explicou Trum na quinta-feira.

O governador Ricardo Rosselló alertou que as coisa podem ficar piores.

"O que provoca mais mortes neste tipo de evento é a chuva", explicou, recordando que a ilha sofre com as chuvas deixadas pela cauda de Maria, apesar de o olho do furacão já estar quilômetros mar adentro.

"Antecipamos que seria o maior desastre do século em Porto Rico e efetivamente assim o foi", acrescentou Rosselló.

Água até o segundo anda

Um vídeo difundido nas redes sociais por uma moradora do bairro de Toa Baja mostra a água invadindo o segundo andar de sua casa.

"Estamos presos, Deus nos ajude. Não podemos fazer nada", lamenta a mulher. "Não podemos subir no telhado por causa do vento, vejam as ondas", acrescenta.

Durante a noite, dezenas de famílias foram resgatadas deste bairro, um subúrbio da capital de San Juan, que inundou quando um lago transbordou.

"Todos nós vivemos a pior noite de nossa vida, mas os boricuas têm uma grande força interior", comentou, por sua vez, Iris Rivera, de 53 anos, morador da capital. "Todo mundo está ajudando a limpar, a organizar o trânsito, a apoiar seu vizinho".

Em Ocean Park, uma zona turística de San Juan, também está debaixo da água. Residentes presos no segundo andar de suas casas observam a inundação, enquanto outros, em botes e caiaques, verificam se seus vizinhos estão bem.

Vários comércios foram saqueados e não se via muita presença policial, apesar de o governo informar sobre várias prisões.

O governo declarou toque de recolher noturno e estendeu até a Lei Seca até sábado.

"A San Juan que conhecíamos desapareceu", afirmou a prefeita da capital, Carmen Yulin Cruz, que alertou que a ilha poderá ficar privada de eletricidade de quatro a seis meses.

Inundações em Dominicana

Enquanto isso, na República Dominicana, o furacão deixou sem energia 140.000 pessoas e causou inundações devido à cheia dos rios.

O Centro de Operações de Emergência (COE) ordenou a evacuação obrigatória em 26 das 32 províncias do país e mais de 17.000 pessoas foram evacuadas.

Quase 3.000 moradias reportaram danos e, segundo o COE, 15 comunidades ficaram isoladas pelas cheias dos rios e uma ponte desabou.

Maria já se afastou de Porto Rico na noite de quinta, mas seucampo nebuloso continua causando chuvas e ventos em quase todo o país.

Em seu mais recente boletim, o Centro Nacional de Furacões situou Maria com força de categoria 3 e ventos de 205 Km/h rumo às ilhas Turkos e Caicos.

O arquipélago, um território britânico, já sofre com os fortes ventos e chuvas.

O governo colocou à disposição dos habitantes novos refúgios, uma vez que as instalações disponibilizadas antes sofreram danos com a passagem do furacão Irma, no início do mês.

Acompanhe tudo sobre:CaribeDesastres naturaisFuracõesMortes

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem