São Paulo - Os passageiros do avião da Turkish Airlines que aterrissou de emergência nesta segunda-feira em Casablanca, devido a uma ameaça de bomba, disseram ao desembarcar na cidade de São Paulo, seu destino final, que só se inteiraram do ocorrido quando aterrissaram no Marrocos.
'Eles disseram que tínhamos que aterrissar por um problema técnico, mas que já tinha sido resolvido', afirmou o empresário Joel Anderson, que retornava ao Brasil após ter feito uma viagem de negócios à China, pouco após seu desembarque no aeroporto internacional de São Paulo.
O avião aterrissou em São Paulo por volta das 22h desta segunda-feira, com quase três horas de atraso, depois de ter sido submetido no Marrocos a uma minuciosa revista na qual se terminou descartando a existência de uma bomba.
A tripulação do avião da Turkish Airlines que fazia o voo TK15, que viajava entre Istambul e São Paulo, se absteve de informar aos 256 passageiros que a aterrissagem não programada em Casablanca foi determinada depois que se encontrou uma mensagem em um banheiro com a palavra 'bomba' escrita em turco.
O diretor no Brasil da companhia aérea turca, Atagun Kutluyuksel, disse que a empresa preferiu manter sigilo por motivos de segurança e para evitar o pânico dentro do avião.
Os poucos passageiros que conversaram com a imprensa em São Paulo após o desembarque elogiaram a decisão e o profissionalismo da tripulação e disseram que era melhor manter o motivo da aterrissagem em sigilo.
Após a aterrissagem de emergência, as autoridades marroquinas desdobraram todos os dispositivos de segurança em torno do avião e os agentes realizaram uma varredura na aeronave.
Além disso, as autoridades comprovaram as identidades dos 256 passageiros que viajavam no avião e que foram evacuados.
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1. Tragédias no ar
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1/7 (Reuters)
São Paulo – Autoridades da
França revelaram nesta manhã que o acidente com o
Airbus A320 da Germanwings pode ter sido causado por ações de seu copiloto,
o alemão Andreas Lubitz. Ele teria trancado o piloto do lado de fora da cabine e acionado o mecanismo de descida do avião, fazendo com que se chocasse contra o solo nos Alpes franceses e matando 150 pessoas. Este episódio, contudo, não é o primeiro da história da aviação no qual um membro da tripulação age de maneira deliberada a causar a queda de uma aeronave. A
Aviation Safety Network, site que mantém registros destes incidentes, conta com uma relação de
acidentes aéreos cujas investigações revelaram terem sido causados pelos próprios pilotos ou copilotos. Confira nas imagens.
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2. Voo 470 da Linhas Aéreas de Moçambique
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2/7 (Christian Volpati/WikimediaCommons)
Em 29 de novembro de 2013, uma aeronave da Linhas Aéreas de Moçambique percorria o trajeto entre Maputo, em Moçambique, e Luanda, em Angola, quando caiu em um parque nacional na Namíbia matando 33 pessoas. De acordo com análises feitas nas caixas-pretas, o piloto Hermínio dos Santos Fernandes teve a intenção de causar acidente ao trancar o copiloto do lado de fora da cabine e acionar o piloto automático, ignorando os alertas emitidos pela aeronave. Até hoje, as razões que levaram o piloto a derrubar o avião são desconhecidas. Segundo a ASN, Fernandes havia perdido um filho cerca de um ano antes da tragédia e enfrentava problemas em seu casamento. Na imagem, um avião similar ao que se envolveu no acidente.
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3. Voo 990 da EgyptAir
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3/7 (Konstantin von Wedelstaedt/WikimediaCommons)
Em 31 de outubro de 1999, um Boeing 767 da EgyptAir caiu no oceano cerca de duas horas depois de ter decolado do aeroporto JFK em Nova York matando 217 pessoas. De acordo com a ASN, o copiloto Gameel Al-Batouti desligou o piloto automático e mergulhou o avião no mar. Análises da caixa-preta mostraram que, momentos antes, o piloto havia deixado a cabine e, ao retornar, não entendeu o que estava acontecendo. Teria então gritado com o copiloto perguntando o que ele estava fazendo. A resposta, contudo, foi apenas “eu confio em Deus”. Não se sabe ao certo o que levou Al-Batouti a realizar esta ação, mas as investigações mostraram que foi ela a causa inicial do acidente.
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4. O voo 630 da Royal Air Maroc
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4/7 (Reprodução/Facebook)
A aeronave decolou em 21 de agosto de 1994 de Agadir, no Marrocos, com destino a Casablanca. Cerca de dez minutos depois, se chocou contra uma cadeia montanhosa matando 44 pessoas. De acordo com a ASN, o piloto Younes Khayati teria deliberadamente desligado o piloto automático e direcionado a aeronave para o solo. A tese defendida por investigadores é contestada pela companhia aérea, que diz que ele não apresentava sinais de insatisfação ou frustração em sua vida. Nesta imagem de divulgação, uma aeronave da Royal Air Maroc é vista em um aeroporto.
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5. O acidente com o ATR-42 da Air Botswana
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5/7 (Louisdefune/WikimediaCommons)
O episódio aconteceu em 11 de outubro de 1999 em Gaborone, Botswana. Naquela manhã, o piloto embarcou só e decolou. Aos controladores aéreos, disse que desejava falar com várias pessoas, entre as quais o presidente do país e sua própria namorada. Depois de voar por duas horas, direcionou o avião ao solo, se chocando contra outros dois aviões que estavam na pista. Na época, ele estava afastado de suas funções por razões médicas e havia sido reprovado em testes psicológicos. Na imagem, um avião similar ao que se envolveu no acidente.
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6. O suicídio de um piloto russo
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6/7 (FlightG N Falcon/WikimediaCommons)
Em 26 de setembro de 1976, um piloto russo decolou sem permissão do aeroporto de Novosibirsk-Severny, na Rússia, e jogou a aeronave contra o prédio no qual vivia sua ex-mulher. Ao todo, 12 pessoas morreram, com exceção da mulher. Na imagem, o aeroporto de onde decolou o piloto.
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7. Agora veja cenas da tragédia da Germanwings
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7/7 (Getty Images)