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Passageiro que usava passaporte roubado é identificado

Agências de inteligência identificaram um dos dois passageiros que embarcaram com um passaporte roubado no avião da Malaysia Arilines que desapareceu

Militar olha para o mar durante operação de busca de avião desaparecido: agências de inteligência participam de investigação que procura esclarecer o que aconteceu (Athit Perawongmetha/Reuters)

Militar olha para o mar durante operação de busca de avião desaparecido: agências de inteligência participam de investigação que procura esclarecer o que aconteceu (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 10h05.

Bangcoc - Agências de inteligência identificaram um dos dois passageiros que embarcaram com um passaporte roubado no avião da Malaysia Arilines que desapareceu com 239 pessoas a bordo no sábado passado quando voava de Kuala Lumpur para Pequim, mas não divulgaram sua identidade.

"Posso confirmar que não é malaio, mas não posso divulgar ainda de que país pertence", disse o inspetor geral da polícia malásia, Tan Sri Khalid Abu Bakar, segundo o jornal local "The Star".

"O homem também não é da província chinesa de Xinjiang", acrescentou ao se referir à região autônoma, onde um conflito entre o regime comunista e minorias muçulmanas como os uigures aumentou nos últimos anos.

Os meios de comunicação chineses se perguntam se o desaparecimento do avião está vinculado com o atentado atribuído a grupos separatistas de Xinjiang praticado em 1º de março em uma estação de trem de Kunming, capital da província de Yunnan, que deixou 29 mortos e 143 feridos.

Os passaportes roubados na Tailândia em 2013 e 2012 pertencem ao italiano Luigi Maraldi e o austríaco Christian Kozel, e nenhum dos dois se encontrava na Malásia no sábado passado.

Agências de inteligência de vários países participam de uma investigação que procura esclarecer o que aconteceu com o avião e quem eram os passageiros com passaporte falsos.


O diretor-geral do departamento de Aviação Civil da Malásia, Azharudin Abdul Rahman, disse hoje que não se descarta nenhuma possibilidade, incluída a de um possível sequestro ou ataque terrorista.

"Necessitamos de provas, restos do avião para determinar o que ocorreu", disse Azharudin.

O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur às 0h41 locais (13h41 de sexta-feira no horário de Brasília) e deveria chegar em Pequim seis horas depois.

As autoridades de aviação civil malaias indicaram que sua última posição no radar antes da perda do sinal foi às 1h30 locais (14h30 de sexta-feira no horário de Brasília).

Ao todo, 239 pessoas estavam no avião, sendo 229 passageiros, incluídos dois menores, e uma tripulação de 12 malaios.

Um total de 24 aviões e 40 embarcações do Vietnã, China, Cingapura, Estados Unidos, Indonésia, Tailândia, Austrália, Filipinas e Nova Zelândia participam da busca no golfo da Tailândia, mas, por enquanto, sem ter encontrado restos do aparelho.

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