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Passageira que deixou navio em quarentena no Japão está com coronavírus

Segundo as autoridades japonesas, as chances de outro passageiro que passou pela quarentena apresentar o vírus são quase nulas

Diamond Princess: ao menos 630 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no cruzeiro (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Diamond Princess: ao menos 630 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no cruzeiro (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 15h39.

Uma passageira que saiu do navio Diamond Princess depois de completar o período de quarentena na semana passada deu positivo em um novo teste de coronavírus neste sábado, tornando-se o primeiro caso conhecido de infecção entre as pessoas que estavam no cruzeiro, disseram autoridades japonesas.

A paciente é uma mulher de 60 anos da cidade de Tochigi, norte de Tóquio, que estava no navio com o marido, disse o governador de Tochigi, Tomikazu Fukuda.

Em um teste realizado no dia 15 de fevereiro, o resultado havia dado negativo, quatro dias antes de sair do navio, sem ter nenhum sintoma. O casal pegou um trem para casa, afirmaram as autoridades.

Apesar das fortes dúvidas levantadas dentro e fora do país, as autoridades do Ministério da Saúde insistiram que é quase nula a possibilidade de outros passageiros que completaram a quarentena de 14 dias e não tiveram resultado positivo para o vírus, estarem infectados.

Alguns especialistas e ex-passageiros criticaram a quarentena, dizendo que as medidas para impedir a infecção eram inadequadas. EUA, Austrália e outros os governos que retiraram seus cidadãos do navio estão exigindo uma quarentena adicional de duas semanas.

 

O ministro da Saúde do Japão, Katsunobu Kato, declarou neste sábado que 18 americanos, seis australianos e um passageiro israelense que foram expulsos do Japão por seus respectivos governos antes do final da quarentena do navio tiveram resultados positivos depois de voltar para casa. Ele disse que os resultados eram compreensíveis porque aqueles passageiros não cumpriram totalmente os requisitos mais rigorosos de liberação do navio.

Kato também disse que 23 passageiros deixaram o navio no final da quarentena sem ser testado para o vírus devido a erros processuais, outro sinal de negligência na quarentena, onde mais de 600 pessoas foram infectadas.

O Japão confirmou mais de 760 casos do novo vírus, que surgiu pela primeira vez na China, incluindo pelo menos 634 pessoas presente no cruzeiro Diamond Princess, que ancorou e ficou em quarentena em Yokohama, perto de Tóquio. O navio transportou inicialmente cerca de 2.600 passageiros e 1.100 tripulantes.

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