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Partidos gregos chegam a um acordo para formar governo

O líder do social-democrata Pasok, Evangelos Venizelos, anunciou um acordo de governo junto aos conservadores do Nova Democracia e da formação centro-esquerdista Dimar

Venizelos também anunciou que nesta tarde se reunirão os líderes das três formações que participarão da coalizão para "definir" quem ficará a cargo de cada ministério
 (Louisa GouliamakiAfp)

Venizelos também anunciou que nesta tarde se reunirão os líderes das três formações que participarão da coalizão para "definir" quem ficará a cargo de cada ministério (Louisa GouliamakiAfp)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 13h56.

Atenas - O líder do social-democrata Pasok, Evangelos Venizelos, anunciou hoje um acordo de governo junto aos conservadores do Nova Democracia e da formação centro-esquerdista Dimar, faltando apenas que os chefes dos três partidos pactuem o nome dos ministros que comporão o Executivo grego.

'Nova Democracia, Pasok e Dimar vão formar o novo governo', anunciou Venizelos após sua reunião com o líder conservador, Antonis Samaras.

O dirigente social-democrata explicou que 'já foram cumpridos os requerimentos parlamentares para a formação de governo' e lamentou que o esquerdista Syriza, segunda formação mais votada nas eleições do domingo, não tenha aceitado fazer parte de um Executivo de união nacional.

Venizelos também anunciou que nesta tarde se reunirão os líderes das três formações que participarão da coalizão para 'definir' quem ficará a cargo de cada ministério.

Posteriormente, comunicarão sua decisão ao ministro das Finanças do governo interino, Yorgos Zanias, que amanhã a apresentará perante o Eurogrupo.

'O Pasok participará do governo com membros extra-parlamentares, como decidiu seu grupo parlamentar', disse o chefe do partido social-democrata.

O mesmo fará o Dimar, segundo confirmou à Efe o porta-voz do partido, Andreas Papadópulos.

O Dimar fará parte do governo, disse Papadópulos, mas o fará com 'tecnocratas, acadêmicos e membros da sociedade civil'.

'As coisas evoluirão muito rapidamente. A cúpula europeia de final de junho será crítica. Acreditamos que podemos mudar coisas para deter a recessão e voltar ao desenvolvimento. Podemos agora mudar todas as condições que fomos obrigados a aceitar por uma maioria europeia conservadora', declarou Venizelos em alusão às medidas de austeridade impostas pela Comissão Europeia.

Neste sentido, destacou que é 'necessário' formar uma 'equipe forte' para a renegociação com a Comissão.

Segundo a proposta do Pasok, esta equipe deveria ser dirigida por uma personalidade respeitada internacionalmente que deveria viajar para Bruxelas a cada três meses.

Nos últimos dias, a União Europeia assegurou que há certo espaço para a renegociação, especialmente quanto à ampliação dos prazos para cumprir os objetivos de déficit, mas advertiu que os objetivos principais não serão tocados.

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