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Partidos do Paquistão pedem pena de morte por blasfêmia

Grupos responsabilizaram as autoridades dos Estados Unidos pelo vídeo que denigre a figura de Maomé


	Fumaça é vista em meio a um protesto em direção à embaixada americana em Islamabad, no Paquistão
 (Aamir Qureshi/AFP)

Fumaça é vista em meio a um protesto em direção à embaixada americana em Islamabad, no Paquistão (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 20h30.

Islamabad - Diversos grupos políticos religiosos do Paquistão, alguns com representação parlamentar, pediram nesta quinta-feira o estabelecimento de leis internacionais contra a blasfêmia nas quais se preveja a pena de morte para os culpados.

Segundo o jornal local ''Express Tribune'', uma dezena de grupos convocados em uma conferência em Islamabad pelo grupo islamita Jamaatud Dawa (JuD, ilegal) responsabilizaram as autoridades dos Estados Unidos pelo vídeo que denigre a figura de Maomé.

Em uma resolução aprovada de forma unânime, pediram aos países muçulmanos que se imponham perante a comunidade internacional para conseguir a aprovação de leis antiblasfêmia na ONU e exigiram que abandonem esse fórum se a iniciativa não obtiver respaldo.

A conferência contou com a presença, entre outros, de Fazlur Rehman, líder do Jamaat Ulemá-e-Islã, um partido religioso que foi parte da coalizão de Governo durante esta legislatura.

Também esteve presente Hafiz Said, líder do JuD e membro de uma lista de terroristas reivindicados por Índia e EUA, por sua suposta relação, por exemplo, com a organização do atentado múltiplo contra a cidade indiana de Mumbai em 2008.

O texto aprovado pelos grupos reunidos adverte que os gestos contrários ao Islã podem provocar ''um choque de civilizações'' e uma guerra mundial, já que a liberdade de expressão foi usada simplesmente ''como uma ferramenta contra os muçulmanos''.

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