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Partido salafista recusa decisões das novas autoridades

O partido Al Nour criticou que o novo presidente interino, Adly Mansour, tenha começado a emitir declarações constitucionais


	O partido criticou o fechamento de canais de televisões islamitas, alguns deles salafistas, e pediu a cessação imediata desse tipo de prática
 (REUTERS/Khaled Abdullah)

O partido criticou o fechamento de canais de televisões islamitas, alguns deles salafistas, e pediu a cessação imediata desse tipo de prática (REUTERS/Khaled Abdullah)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2013 às 10h16.

Cairo- O partido Al Nour, um dos principais da corrente salafista no Egito, rejeitou neste sábado algumas decisões adotadas pelas novas autoridades após o golpe de Estado dado na quarta-feira pelo Exército, que derrubou o presidente Mohammed Mursi.

Em comunicado, a formação criticou que o novo presidente interino, Adly Mansour, tenha começado a emitir declarações constitucionais 'sem efetuar consultas com a sociedade e os partidos'.

Mansur, que jurou seu cargo na quinta-feira, dissolveu nesta sexta a câmara alta do Parlamento, dominada pelos islamitas, em sua primeira declaração constitucional como presidente.

Al Nour disse ter percebido como as novas autoridades estão 'apoiando uma corrente sem levar em conta a outra', diante do suposto favor que as Forças Armadas estão fazendo aos não islamitas.

O grupo salafista lamentou a morte de pelo menos 30 manifestantes ontem no Egito em incidentes entre partidários e opositores de Mursi, e a perseguição de responsáveis políticos, em alusão aos líderes da Irmandade Muçulmana detidos nos últimos dias. A medida, na opinião de Al Nour, 'se contrapõe com o princípio do diálogo e da reconciliação nacional'.

Além disso, o partido criticou o fechamento de canais de televisões islamitas, alguns deles salafistas, e pediu a cessação imediata desse tipo de práticas.

Al Nour disse que dará continuidade em seus contatos com todas as forças políticas, sociais, grupos jovens e instituições religiosas para conseguir a 'reconciliação verdadeira, sem excluir ninguém'. 

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