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Partido descarta caça às bruxas após vitória sobre chavismo

O presidente do partido, Henrique Capriles, disse que também não colocarão "sal nas feridas que há na Venezuela"


	Principal opositor do governo, Henrique Capriles: "Não pode haver duas Venezuela, mas um país unido"
 (Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

Principal opositor do governo, Henrique Capriles: "Não pode haver duas Venezuela, mas um país unido" (Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 12h05.

Caracas - Os deputados de oposição ao governo na Venezuela, que tomarão posse em janeiro após a conquistarem neste domingo a maioria na unicameral Assembleia Nacional não iniciarão uma "caça de bruxas", disse nesta segunda-feira o presidente do Partido Primero Justicia, Julio Borges.

O presidente do partido, do candidato opositor nas duas últimas eleições presidenciais, Henrique Capriles, disse que também não colocarão "sal nas feridas que há na Venezuela".

"Não pode haver duas Venezuela, mas um país unido, e essa é a tarefa com a qual amanhecemos nesta segunda-feira. Não viemos com uma fatura, não viemos para uma caça às bruxas nem para esfregar o triunfo na cara de ninguém. Nós somos os primeiros que estamos assumindo este triunfo com muita humildade", declarou à emissora Televen.

Borges disse que a partir de janeiro a Assembleia Nacional (AN) "equilibrará a democracia", já que com o resultado das eleições deste domingo "conseguimos que a Venezuela saísse do labirinto e marcasse um novo caminho".

Com 96,03% das urnas oficialmente apuradas, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática, na qual o PJ é um dos principais partidos, obteve 99 das 167 cadeiras da AN, e os partidos simpáticos ao presidente Nicolás Maduro, 46.

Os 22 cadeiras que restam só serão definidas quando 100% das urnas estiverem apuradas, o que deve acontecer ainda hoje.

Com este resultado, acrescentou Borges, a "Venezuela ratificou o espírito democrático que a caracteriza".

Sobre as prioridades dos deputados, disse que "através da nova AN darão espaço para as empresas privadas para fortalecer a economia do país, porque não podemos continuar sendo um país que compra tudo de fora e com nosso campo abandonado".

"Temos que ser um país que tenha sua própria marca" reiterou o titular do partido de Capriles.

"Ganhou a Venezuela. Sempre dissemos, este era o caminho. Humildade, maturidade e serenidade. Que viva o povo venezuelano!", publicou Capriles em sua conta no Twitter, ao comemorar o resultado da eleição.

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