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Partido de Merkel perde apoio por ajuda a refugiados

Presidente atraiu críticas, especialmente entre os conservadores, por alimentar o fluxo de requerentes de asilo ao dar luz verde para que fossem para a Alemanha


	Angela Merkel, chanceler da Alemanha: ela atraiu críticas especialmente entre os conservadores
 (Getty Images)

Angela Merkel, chanceler da Alemanha: ela atraiu críticas especialmente entre os conservadores (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 11h14.

Berlim - O apoio ao partido conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, caiu para 38,5 por cento, o índice mais baixo em um ano, em razão das preocupações dos eleitores com a crise de refugiados da Europa, mostrou uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

Merkel atraiu críticas, especialmente entre os conservadores, por alimentar o fluxo de requerentes de asilo ao dar luz verde para que fossem para a Alemanha. Vilas e cidades na maior economia da Europa estão enfrentando dificuldades para lidar com a chegada de cerca de 800 mil refugiados e imigrantes estimados para este ano, fugindo da guerra e da pobreza.

A pesquisa INSA, encomendada pelo jornal Bild, mostrou declínio de 1 ponto percentual para os conservadores em relação a uma semana atrás. Os sociais-democratas (SPD), que partilham o poder com Merkel em uma coalizão direita-esquerda, também perderam 1 ponto, ficando com 23,5 por cento.

Isso levou o apoio global à "grande coalizão" a seu nível mais baixo desde a última eleição, há dois anos.

"A crise de refugiados está a causando problemas, sobretudo para o campo conservador. E a grande coalizão está mais fraca do que nunca", disse o chefe da INSA, Hermann Binker, ao diário Bild.

O partido radical Esquerda ganhou meio ponto, passando a 10,5 por cento, ficando no mesmo nível que os Verdes, que subiram 1 ponto. O direitista Alternativa para a Alemanha (AFD) e a legenda pró-negócios Democratas Livres (FDP) ficaram ambos inalterados em 6 por cento e 4 por cento, respectivamente.

A própria popularidade de Merkel também tem sido abalada por causa de sua gestão da crise de refugiados, embora ela ainda seja uma das mais populares chanceleres do pós-guerra da Alemanha. A próxima eleição será em 2017.

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