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Partido de clérigo paquistanês cogita disputar eleição

Muhammad Tahirul Qadri chegou a um acordo com a coalizão governista para que seu partido tenha maior influência sobre a formação de um governo interino


	Manifestantes exibem faixa com figura do líder religioso Muhammad Tahirul Qadri durante protestos no Paquistão
 (Akhtar Soomro / Reuters)

Manifestantes exibem faixa com figura do líder religioso Muhammad Tahirul Qadri durante protestos no Paquistão (Akhtar Soomro / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 10h27.

Islamabad - Um clérigo em campanha por reformas eleitorais no Paquistão vai recorrer novamente aos protestos populares caso o governo não cumpra um acordo que atenuou a atual crise política, disse um assessor nesta sexta-feira.

Muhammad Tahirul Qadri, que tem um histórico de relações com os militares, chegou na quinta-feira a um acordo com a coalizão governista para que seu partido tenha maior influência sobre a formação de um governo interino, antes das eleições previstas para este semestre. O partido de Qadri também cogita participar das eleições.

O clérigo reapareceu semanas atrás no cenário político paquistanês, após passar anos vivendo no Canadá, e propôs que os militares participem da formação do governo provisório. Isso gerou especulações de que ele pode ter apoio das poderosas Forças Armadas locais, algo que Qadri e os militares negam.

Qadri, que comandou quatro dias de protestos nas ruas de Islamabad para pressionar o governo a renunciar, vai continuar lutando por reformas políticas e contra a corrupção, segundo seu porta-voz.

"Vamos assegurar a implementação do acordo em total concordância com sua letra e espírito", disse à Reuters Qazir Faizul, secretário de informação da entidade beneficente de Qadri. "Se o governo tentar se desviar, vamos forçá-lo a seguir o poder do povo e da imprensa." Além de dar voz a Qadri na escolha do gabinete provisório, o governo também aceitou dissolver o Parlamento antes da data marcada, 16 de março. A eleição deve acontecer 90 dias depois disse.

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