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Partido de Berlusconi reivindica vitória da coalizão de direita

Ainda sem a apuração definitiva, a aliança conseguiu 37% dos votos, que não são suficientes para formar um Executivo

Eleições na Itália: deram como resultado um panorama incerto, sem maiorias claras, e no qual os partidos deverão negociar e buscar alianças para formar um novo governo (Stefano Rellandini/Reuters)

Eleições na Itália: deram como resultado um panorama incerto, sem maiorias claras, e no qual os partidos deverão negociar e buscar alianças para formar um novo governo (Stefano Rellandini/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de março de 2018 às 16h48.

Roma - O partido Força Itália, de Silvio Berlusconi, reivindicou nesta segunda-feira em comunicado que a vencedora das eleições gerais de domingo é a coalizão de direita da qual faz parte junto com a Liga Norte e os Irmãos da Itália.

"A centro-direita é a vencedora política das eleições. Os dados confirmam que, depois de cinco anos de oposição, representa a primeira área política do país", afirma a mensagem publicada no Twitter.

Ainda sem a apuração definitiva, a aliança conseguiu 37% dos votos, que não são suficientes para formar um Executivo.

Berlusconi, inabilitado para exercer qualquer cargo público até 2019 devido à sua condenação por fraude fiscal, tinha apoiado o atual presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, para ser seu candidato a primeiro-ministro da Itália se esta aliança governasse e se o seu partido obtivesse mais votos que seus parceiros coligados.

No entanto, a Liga Norte alcançou 17,40% dos votos, frente a 14% do Força Itália, com o que o partido do ex-primeiro-ministro perdeu a liderança na direita.

Berlusconi, que até agora manteve silêncio, se reuniu hoje com o líder da Liga Norte, Matteo Salvini, e lhe "confirmou que com este resultado as forças da centro-direita poderão reforçar a coalizão que deverá obter o mandato de governar a Itália para impulsionar de novo o país".

"A contribuição numérica e política do Força Itália foi evidentemente determinante" para a aliança, "apesar da grande desvantagem" que representava, na opinião do partido, o fato de Berlusconi não poder exercer nenhum cargo público até 2019.

As eleições italianas de domingo deram como resultado um panorama incerto, sem maiorias claras, e no qual os partidos deverão negociar e buscar alianças para formar um novo governo.

A coalizão conservadora foi a ganhadora, mas o Movimento Cinco Estrelas sozinho conseguiu cerca de 32% dos votos, enquanto o governamental Partido Democrata (PD), de Matteo Renzi, teve que conformar-se com 18,8%, um resultado nefasto.

Por essa razão, Renzi anunciou hoje sua renúncia como secretário-geral e abre assim o caminho para que o partido realize primárias.

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