Parlamento chinês: as autoridades de Pequim expressaram sua intenção de prosseguir com sua ampla campanha anticorrupção (Jason Lee / Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2016 às 09h42.
O Partido Comunista da China (PCC) sancionou quase 300.000 de seus membros em 2015 por casos de corrupção, indicou sua autoridade disciplinar no âmbito de uma ampla campanha lançada pelo presidente Xi Jinping.
Um total de 200.000 integrantes do Partido receberam uma punição leve por suas infrações, enquanto outros 82.000 foram alvos de uma "sanção importante", anunciou no domingo em seu site a Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI), supervisora do PCC.
Em ambos os casos, as pessoas punidas precisaram abandonar seus cargos, prosseguiu, sem informar as infrações constatadas ou as punições aplicadas.
A CCDI afirmou, por sua vez, ter enviado 54.000 cartas de reprimenda.
As autoridades de Pequim expressaram sua intenção de prosseguir com sua ampla campanha anticorrupção, realizada de uma maneira muito midiática desde a chegada ao poder do presidente Xi Jinping, em 2013.
Muitos especialistas duvidam, no entanto, de sua eficácia, na falta de reformas políticas profundas, e denunciam a falta de transparência das investigações e procedimentos, que podem camuflar possíveis ajustes de contas políticos.
O número de integrantes punidos representa apenas 0,3% dos 88 milhões de membros do Partido Comunista. As investigações e sanções são realizadas dentro do partido, e apenas os casos mais graves são posteriormente transferidos aos órgãos judiciais.