Mundo

Partido Conservador proclama Theresa May como líder

A até agora ministra do Interior, de 59 anos, será designada na quarta-feira como chefe do governo britânico


	Theresa May: "Posso declarar que Theresa May foi designada como nova líder do Partido Conservador com efeito imediato"
 (Neil Hall / Reuters)

Theresa May: "Posso declarar que Theresa May foi designada como nova líder do Partido Conservador com efeito imediato" (Neil Hall / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2016 às 14h19.

Londres - O presidente do comitê 1922 da bancada conservadora no parlamento do Reino Unido, Graham Brady, proclamou formalmente nesta segunda-feira Theresa May como nova líder da legenda, no lugar do atual primeiro-ministro do país, David Cameron.

A até agora ministra do Interior, de 59 anos, será designada na quarta-feira como chefe do governo britânico, após sua única concorrente na disputa pela liderança "tory", Andrea Leadsom, renunciar a sua candidatura.

May recebeu o apoio de 199 dos 330 deputados conservadores na segunda rodada do processo interno do partido e não precisará se submeter a uma votação entre os filiados conservadores, como estava previsto, após a desistência de Leadsom.

"Posso declarar que Theresa May foi designada como nova líder do Partido Conservador com efeito imediato", afirmou Brady aos membros do comitê.

O líder da bancada parlamentar confirmou que Cameron apresentará sua renúncia à rainha Elizabeth II após a sessão de perguntas ao primeiro-ministro da próxima quarta-feira, e que a nova premiê deverá estar em seu posto "muito em breve" após esse ato.

May foi a ganhadora do processo para substituir Cameron, que chegou a ter cinco candidatos - dois deles acabaram eliminados após a primeira votação no grupo parlamentar.

O ex-ministro da Defesa Liam Fox ficou fora por ter sido o menos votado nessa primeira rodada, enquanto o ministro de Trabalho e Previdência, Stephen Crabb, desistiu após essa votação.

O ministro da Justiça, Michael Gove, foi eliminado na segunda votação, e Leadsom renunciou hoje a continuar como candidata após receber pressões por declarações nas quais alegava que ser mãe lhe dava vantagem para ser primeira-ministra.

Cameron anunciou sua intenção de renunciar como chefe do Partido Conservador e do governo em 24 de junho, dia seguinte ao referendo no qual os britânicos decidiram deixar a União Europeia.

A próxima primeira-ministra terá a tarefa de decidir quando invocará o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece um processo de negociação de dois anos sobre os termos da saída da UE. 

Texto atualizado às 14h17

Acompanhe tudo sobre:BrexitDavid CameronEuropaPaíses ricosPartidos políticosReino Unido

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'