Berlim - O Ministério do Interior alemão desclassificou nesta segunda-feira declarações de um político populista que pediu poder de fogo para a polícia contra imigrantes ilegais, destacando que tais disparos seriam contra a lei.
A sugestão de Frauke Petry, líder do partido anti-imigração Alternativa para Alemanha (AfD), esquentou um já acalorado debate sobre a decisão da chanceler Angela Merkel de abrir as portas para refugiados.
"Não precisa ser dito: nenhum policial alemão irá usar armas de fogo contra pessoas que buscam proteção na Alemanha", disse o porta-voz do Ministério do Interior Johannes Dimroth, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira.
"E não precisa ser dito que o uso de armas de fogo contra pessoas para impedir a travessia ilegal de fronteira é contra a lei."
O vice-chanceler Sigmar Gabriel, cujo partido Social Democrata é parceiro dos conversadores de Merkel na coalizão de governo, disse que o serviço de inteligência alemão (BfV) deveria monitorar o partido AfD.
"Para mim, a AfD deve estar nos relatórios da BfV e não na televisão", disse Gabriel ao jornal Bild no domingo.
"É inacreditável que tais partidos agora possam excretar suas palavras de propaganda na televisão pública." O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, disse que Petry, cujo partido tem crescido nas pesquisas de opinião à medida que o fluxo de imigrantes cresce, "se desclassificou" com tais comentários.
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1. Refugiados
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1/10 (REUTERS/Stefan Wermuth)
São Paulo -- Europeus de diversos países foram às ruas no sábado, 12 de setembro, em apoio aos refugiados sírios. Muitos pediam a abertura das fronteiras do continente para que os refugiados possam entrar nos países. Na foto, uma mulher segura uma placa em frente ao parlamento inglês, na cidade de Londres. Veja a seguir outras imagens das manifestações em solidariedade aos refugiados.
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2. Grécia
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2/10 (REUTERS/Paul Hanna)
Manifestante segura uma placa pedindo pela abertura das fronteiras em Atenas, Grécia. No cartaz, está uma foto do menino Aylan Kurdi, que se afogou em uma travessia da Turquia até a Grécia.
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3. Refugiados
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3/10 (REUTERS/Susana Vera)
Em Madri, na Espanha, manifestantes usaram máscaras de Angela Merkel, chanceler da Alemanha, ao pedir que as fronteiras da Europa fossem abertas aos refugiados sírios.
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4. Polônia
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4/10 (REUTERS/Slawomir Kaminski/Agencja Gazeta)
Manifestantes em Varsóvia, capital da Polônia, em apoio aos refugiados. As pessoas se reuniram na praça Mikołaj Kopernik, na capital, para protestar.
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5. Espanha
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5/10 (Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images)
Manifestantes nas ruas de Madri, na capital da Espanha, pediram por solidariedade aos refugiados.
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6. Inglaterra
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6/10 (REUTERS/Kevin Coombs)
Em Londres, capital da Inglaterra, pessoas marcharam até a Trafalgar Square, importante praça da cidade. Manifestantes carregavam cartazes pedindo por ajuda aos refugiados.
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7. Portugal
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7/10 (REUTERS/Hugo Correia)
Uma manifestação também foi realizada em Lisboa, capital portuguesa. Manifestantes davam boas-vindas aos refugiados. "Somos todos um", diz um dos cartazes da foto.
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8. França
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8/10 (REUTERS/Eric Gaillard)
Manifestantes foram às ruas na cidade de Nice, na França. Na foto uma mulher segura um cartaz com a foto de uma pessoa da água, em alusão aos refugiados que estão morrendo afogados tentando chegar a países europeus.
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9. Brasil
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9/10 (Mario Tama/Getty Images)
O Brasil também teve protestos em solidariedade aos refugiados. A foto é de uma vigília com velas realizada no Rio de Janeiro. Desde o início do conflito civil na Síria, o Brasil já recebeu mais de dois mil refugiados. Entre os países das Américas, o Brasil só perde para o Canadá.
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10. Falando em refugiados...
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10/10 (Gettyimages)