Mundo

Partidários e opositores de Mursi se enfrentam no Egito

Partidários e opositores do deposto presidente egípcio Mohamed Mursi se enfrentaram em Alexandria e em Mahala al Kubra, no norte do Egito


	Membros da Irmandade Muçulmana e defensores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi: por enquanto não há registros de vítimas
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membros da Irmandade Muçulmana e defensores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi: por enquanto não há registros de vítimas (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 12h26.

Cairo - Partidários e opositores do deposto presidente egípcio Mohamed Mursi se enfrentaram nesta sexta-feira em Alexandria e em Mahala al Kubra, no norte do Egito, sem que por enquanto haja registros de vítimas.

Na cidade litorânea de Alexandria, os choques explodiram nas imediações da mesquita de Al Qaed Ibrahim, no centro da cidade, durante uma manifestação dos seguidores do deposto líder, segundo a televisão estatal.

Os adversários lançaram pedras durante os distúrbios, onde houve disparos de balas de chumbo.

Alexandria foi palco nesta sexta-feira de protestos dos islamitas, que realizaram uma grande manifestação desde a mesquita de Al Sahaba rumo à ponte Stanley após a reza do meio-dia, apontaram em seu site os Irmandade Muçulmana, grupo ao qual pertenceu Mursi até que chegar à Presidência.

Enquanto isso, em Mahala al Kubra, no delta do Nilo, opositores e simpatizantes de Mursi se enfrentaram depois que os primeiros interceptassem uma manifestação que partiu da mesquita de Abdel Hai Khalil rumo à praça principal, segundo a televisão egípcia.

As forças de segurança conseguiram separar os grupos após dispersá-los com gás lacrimogêneo.

A emissora acrescentou que em Minia, ao sul do Cairo, as forças da ordem abortaram uma tentativa dos islamitas de irromper na delegacia e na prisão do distrito de Al Magaga.


Enquanto isso, na capital ocorreram manifestações organizadas pelos Irmandade Muçulmana desde mesquitas dos distritos de Heluán, Giza e Cidade Nasser.

Nessa última zona, uma equipe do canal estatal foi atingida pelos manifestantes enquanto cobria o protesto da Irmandade que saiu da mesquita de Al Rahman, disse a própria emissora.

Por outro lado, segundo a confraria islâmica, milhares de seus seguidores marcharam pela estrada das Pirâmides após a reza do meio-dia.

Os participantes das mobilizações levaram cartazes com fotografias de Mursi e cantaram palavras de ordem contra as Forças Armadas.

As forças da ordem fecharam hoje com soldados e carros blindados os acessos às praças Tahrir, no Cairo, de Rabea al Adauiya, na Cidade Nasser, e de Sfinx, em Mohandesín.

Os partidários de Mursi estiveram acampados nas praças de Rabea al Adauiya e de Nahda, em Giza, até 14 de agosto quando a Polícia desmantelou os protestos através força em uma operação que deixou centenas de mortos.

Os islamitas levantaram essas acampamentos depois que o Exército depôs Mursi em 3 de julho, após grandes protestos nos dias anteriores que pediam eleições presidenciais antecipadas.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaMohamed MursiPolíticosViolência urbana

Mais de Mundo

Esses são os 10 melhores países do mundo em qualidade de vida

Novo submarino nuclear da China afunda em estaleiro perto de Wuhan, diz WSJ

Após disputa acirrada, Japão define Shigeru Ishiba como o novo primeiro-ministro

Aumenta pressão internacional na ONU para Venezuela resolver crise política