Mundo

Partículas radioativas vindas do Japão são detectadas na Islândia

Órgão acredita que quantidade encontrada na Islândia seja proveniente de Fukushima e garante que não há riscos para a saúde

Usina de Fukushima: temor de que as partículas radiotivas volter a ser levadas para o interior do Japão (Jiji Press/AFP)

Usina de Fukushima: temor de que as partículas radiotivas volter a ser levadas para o interior do Japão (Jiji Press/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 13h25.

Viena - Partículas radioativas supostamente provenientes do Japão foram detectadas sobre a Islândia, segundo as medições feitas pelas estações de isótopos radioativos da comissão preparatória da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO).

A central de meteorologia da Áustria (ZAMG), que divulgou nesta quarta-feira os dados mais recentes, relata que no domingo passado foram detectadas pequenas quantidades de iodo-131 sobre a Islândia, que supostamente vieram da usina nuclear de Fukushima, danificada no último dia 11 pelo terremoto e posterior tsunami.

No entanto, os especialistas austríacos destacam que as quantidades registradas de iodo radioativo na estação de Reykjavik não constituem nenhum tipo de perigo para a saúde humana.

A ZAMG indicou também que na região do desastre as correntes de ar estão transportando radioatividade em direção ao Oceano Pacífico, enquanto as chuvas pararam.

Segundo os cálculos da central austríaca, se espera para os próximos dias mais vento em direção oeste, o que levaria as partículas radioativas novamente para o interior do Japão.

A CTBTO, que é dependente da ONU e tem sede em Viena, transmite os dados de suas medições aos 182 Estados-membros, que depois as divulgam caso os países desejem.

A organização ainda não se encontra em pleno funcionamento, já que uma série de países com programas nucleares por enquanto não ratificou o tratado, lançado em 1996.

O objetivo é estabelecer uma rede de 337 estações de medições de diferentes tipos, incluindo 80 que podem registrar isótopos radioativos.

Por enquanto, a rede conta com 264 estações distribuídas por todo o planeta.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaEuropaJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru