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Parlamento venezuelano vai denunciar "fraude eleitoral"

Segundo o deputado, também serão feitas reuniões da delegação da Câmara com governos internacionais

Eleitores venezuelanos durante eleições em Caracas (Ricardo Moraes/Reuters)

Eleitores venezuelanos durante eleições em Caracas (Ricardo Moraes/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de outubro de 2017 às 20h58.

Caracas - O presidente do Parlamento venezuelano, Julio Borges, e outros deputados opositores farão uma excursão internacional para denunciar em organismos, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização de Estados Americanos (OEA) e a União Europeia (UE), a "fraude eleitoral" nas eleições regionais de domingo passado, anunciou o presidente da Comissão de Políticas Exteriores da Assembleia Nacional (AN, Parlamento), Luis Florido.

Segundo o deputado, também serão feitas reuniões da delegação da Câmara com governos internacionais e a excursão terá início "nas próximas horas". Na agenda da viagem está ainda um encontro com o chamado Grupo de Lima, formado por 12 países que assinalaram repetidas vezes a possível ação totalitária do governo de Nicolás Maduro.

Julio Borges denunciou que as autoridades venezuelanas o impediram de sair do país esta semana quando ele deveria ir à Rússia para participar em uma reunião da União Interparlamentar (UIP). O mesmo fato aconteceu com a esposa do político opositor preso Leopoldo López, Lilian Tintori, que foi proibida de ir à Europa para se encontrar com líderes de França, Espanha, Alemanha e Reino Unido para falar da situação vivida na Venezuela.

O chavismo venceu a votação em 18 dos 23 estados do país, conforme os resultados oficiais. A oposição e alguns governos estrangeiros não reconhecem os resultados por causa de possíveis irregularidades e pela fraude denunciada em pelo menos um estado.

"É necessário encontrarmos mecanismos para que os direitos eleitorais dos cidadãos resistam no nosso país", afirmou Florido em comunicado.

Ele destacou que entre os problemas da nação estão "a grave crise humanitária, a hiperinflação e a escassez de produtos".

Além de Lilian e Borges, outros políticos opositores informaram que foram impedidos de viajar ao exterior sem qualquer alegação.

O Parlamento venezuelano tinha anunciado na quinta-feira passada que apresentará em instâncias internacionais as provas que possui sobre os problemas denunciados nas eleições regionais.

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