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Parlamento venezuelano pede que mundo não reconheça Constituinte

O parlamento venezuelano pediu à comunidade internacional que não reconheça o resultado da eleição da Assembleia Constituinte neste domingo (30)

Venezuela: Assembleia Constituinte já foi rejeitada por vários governos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: Assembleia Constituinte já foi rejeitada por vários governos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de julho de 2017 às 16h20.

Caracas - O parlamento venezuelano, de maioria opositora, pediu à comunidade internacional que não reconheça o resultado da eleição da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), convocada para este domingo (30) e que já foi rejeitada por vários governos.

O presidente da Comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional (AN, Parlamento), Luis Florido, informou neste sábado sobre um comunicado formal que foi enviado "a todas as Chancelarias do mundo" com tal solicitação, segundo uma nota do político opositor e dirigente do partido Vontade Popular (VP).

Este documento pede aos governos que, caso seja instalada a Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, "tomem ações em apoio ao povo venezuelano".

"Chegou a hora de a comunidade internacional dar seu apoio decidido, sincero, franco para que este processo não possa se concretizar", disse Florido, que afirma que a mudança de Constituição tem "a rejeição de 90% do povo da Venezuela".

O opositor também lembrou que os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru pediram formalmente a suspensão da Constituinte e que seja estabelecido um processo de negociação política para solucionar a crise.

Amanhã, enquanto os opositores farão protestos pelo país, o chavismo vai às urnas para definir aos 545 representantes que integrarão a ANC e terão poderes ilimitados para reformar o Estado e mudar o ordenamento jurídico.

Desde abril, a Venezuela vive uma onda de protestos que já deixou 109 mortos, centenas de feridos e cerca de cinco mil detidos.

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