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Parlamento venezuelano nega legitimidade de 2º mandato de Maduro

Com a decisão do Parlamento, o novo governo, que teria início na próxima quinta-feira, estará usurpando a presidência

Maduro: "A presidência não está desocupada, está sendo usurpada (...), estamos na ditadura" declarou deputado (Marco Bello/Reuters)

Maduro: "A presidência não está desocupada, está sendo usurpada (...), estamos na ditadura" declarou deputado (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2019 às 16h31.

O Parlamento venezuelano, controlado pela oposição, declarou neste sábado (5) que o novo mandato de Nicolás Maduro é ilegítimo.

O novo governo terá início na próxima quinta-feira. Segundo o Parlamento, a partir deste dia a presidência será usurpada.

"Reafirmamos a ilegitimidade de Nicolás Maduro (...). A partir de 10 de janeiro estará usurpando a Presidência e, consequentemente, esta Assembleia Nacional é a única representação legítima do povo", disse o novo presidente do Legislativo, Juan Guaidó, após tomar posse do cargo.

O líder parlamentar também considerou a "cadeia de comando quebrada ou usurpada" nas Forças Armadas, a principal força de sustentação de Maduro e a qual, no entanto, ele pediu para apoiar os esforços para "restaurar a democracia" no país do petróleo.

Diante da ampla bancada da oposição e de representantes do corpo diplomático, Guaidó também se comprometeu a "gerar as condições para um governo de transição e convocar eleições livres".

"A presidência não está desocupada, está sendo usurpada (...), estamos na ditadura", afirmou o deputado do Voluntad Popular, partido de Leopoldo López, em prisão domiciliar.

A declaração de ilegitimidade acontece um dia depois de o Grupo Lima ter pedido a Maduro que se abstivesse de assumir o novo mandato e transferir o poder para o Parlamento enquanto realizava "eleições democráticas".

O líder socialista, diante de uma grave crise econômica, assumirá para o período 2019-2025 após ser reeleito em 20 de maio em eleições boicotadas pela oposição e não reconhecidas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por vários países latino-americanos.

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