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Parlamento venezuelano é atacado após confronto com agentes

O enfrentamento entre deputados e agentes da Guarda, que ocorreu dentro da Assembleia, deixou duas mulheres feridas

Venezuela: os deputados e os funcionários da Assembleia Nacional permanecem trancados dentro do local (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: os deputados e os funcionários da Assembleia Nacional permanecem trancados dentro do local (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de junho de 2017 às 22h05.

Caracas - O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Julio Borges, afirmou nesta terça-feira que grupos civis armados atacaram a sede do Legislativo após um confronto entre alguns deputados e agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).

O enfrentamento, que ocorreu dentro da Assembleia, deixou duas mulheres feridas, disse Borges a jornalistas.

No Twitter, a Assembleia Nacional afirmou que entre os feridos está a deputada opositora Delsa Solórzano e vários profissionais da imprensa. Segundo o órgão, os jornalistas foram agredidos por agentes da GNB.

"Diferentes deputados e funcionários da Assembleia viram efetivos da Guarda Nacional entrando com algumas caixas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Lá ocorreu um confronto entre eles e os deputados", afirmou Borges.

A sessão da Assembleia Nacional foi interrompida, e Borges foi conversar com o coronel responsável pela segurança do parlamento para resolver o conflito de forma imediata. Foi quando os grupos civis, segundo o deputado, atacaram a sede do Legislativo.

Essas pessoas lançaram rojões e outros artefatos dentro do parlamento, como mostram vídeos publicados nas redes sociais. Além disso, parte da fachada do prédio foi danificada e os manifestantes ameaçam entrar "violentamente" no prédio.

Os deputados e os funcionários da Assembleia Nacional permanecem trancados dentro do local, disse à Agência Efe a chefe de imprensa do parlamento, Alicia de La Rosa.

"Isso que ocorreu hoje se chama Nicolás Maduro, o mesmo Nicolás Maduro que disse hoje que se os votos não servirem, a violência servirá, que se os votos não servirem, as balas servirão", afirmou o presidente da Assembleia Nacional.

"O que ocorreu hoje nos dá mais força para continuar lutando por um país democrático e livre", completou Borges.

Sobre as caixas da CNE, o líder da oposição indicou que os deputados abordaram os agentes da GNB para saber o que estava ocorrendo, já que é irregular guardar conteúdos do Poder Eleitoral no Legislativo. Eles não deixaram que os parlamentares tivessem acesso ao conteúdo das caixas, o que deu início ao confronto.

A Venezuela vive uma onda de manifestações contrárias e favoráveis ao governo de Maduro. Segundo dados do Ministério Público da Venezuela, 76 pessoas morreram e mais de 1.500 ficaram feridas nos protestos.

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