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Parlamento ucraniano tenta formar hoje governo de união

O novo governo deve fazer frente à grave crise no país, que se encontra à beira do colapso econômico


	Ucranianos na Praça da Independência em Kiev: os ativistas exigiram hoje que os membros do novo governo cumpram com uma série de requisitos
 (Baz Ratner/Reuters)

Ucranianos na Praça da Independência em Kiev: os ativistas exigiram hoje que os membros do novo governo cumpram com uma série de requisitos (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 07h05.

Kiev - A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia se reúne nesta terça-feira para tentar formar um governo de união nacional que faça frente à grave crise no país, que se encontra à beira do colapso econômico.

Durante todo o dia de ontem os líderes dos grupos parlamentares realizaram reuniões intensas para formar uma coalizão de maioria que permita a escolha de um novo primeiro ministro e dos membros do novo Executivo.

"Este assunto é agora de máxima urgência. Não podemos adiá-lo por mais tempo, devemos resolvê-lo com rapidez", disse à Agência Efe Bogdan Beniuk, vice-presidente do partido nacionalista Svoboda, uma das três legendas que lideraram os protestos contra o presidente deposto Viktor Yanukovich.

Mas o partido do governo não será, aparentemente, um assunto exclusivo dos parlamentares.

Os participantes do acampamento na Praça da Independência (Maidan) de Kiev, foco dos protestos que provocaram a queda do regime de Viktor Yanukovich, exigem sua inclusão no processo de formação do Executivo.

Os ativistas da Praça da Independência exigiram hoje que os membros do novo governo cumpram com uma série de requisitos, como não estarem entre as 100 pessoas mais ricas do país e não terem ocupado cargos no Executivo desde o início de 2010, quando Yanukovich, atualmente em paradeiro desconhecido, assumiu o poder.

Além disso, deverão ter um mínimo de sete anos de experiência em suas respectivas áreas, que será de cinco para os ministros da Defesa e Interior e o chefe do Serviço de Segurança, e não devem ter envolvimento em violações dos direitos humanos, nem em casos de corrupção.

"Vamos verificar se todos os candidatos cumprem com esses requisitos. Cada um dos membros do governo terá de contar com a aprovação do Maidan", diz uma declaração do Kolo (círculo) da Praça da Independência, que reúne diversos grupos e organizações sociais.

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