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Parlamento ucraniano declara ilegal pleito na Rússia

Deputados ucranianos denunciaram que esse o viola a Constituição nacional, o Memorando de Budapeste e as resoluções da ONU sobre integridade territorial do país


	Eleições: além disso, pediram à comunidade internacional que não reconheça os resultados do pleito
 (Pavel Rebrov/Reuters/Reuters)

Eleições: além disso, pediram à comunidade internacional que não reconheça os resultados do pleito (Pavel Rebrov/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 11h02.

Kiev - O parlamento ucraniano declarou nesta terça-feira ilegais as eleições legislativas russas de domingo, as primeiras nas quais foram contabilizados votos na Crimeia e em Sebastopol desde a anexação russa em março de 2014.

A Rada Suprema (legislativo) "não reconhece a legitimidade das eleições à Duma russa, seus resultados e suas consequências jurídicas, e, por isso, sua composição, faculdades, leis e decisões", afirma a declaração.

Os deputados ucranianos denunciaram que esse pleito viola a Constituição nacional, o Memorando de Budapeste e as resoluções da ONU sobre a integridade territorial do país.

Além disso, pediram à comunidade internacional que não reconheça os resultados do pleito, no qual o partido do Kremlin, Rússia Unida, obteve uma arrasadora vitória.

A Ucrânia anunciou uma semana antes do pleito que boicotaria a votação em seu território, onde tinham direito ao voto cerca de 80 mil russos, embora finalmente poucos foram às urnas nas legações diplomáticas da Rússia.

Os Estados Unidos afirmaram desde um primeiro momento que não reconheceriam os resultados da votação na Crimeia, onde foram chamados a votar 1,8 milhão de eleitores.

Às vésperas da votação o presidente russo, Vladimir Putin, lembrou a Kiev que a Crimeia não foi anexada, mas sua incorporação à Federação Russa "foi resultado das ações ilegais de certos grupos políticos na Ucrânia que desembocaram em um golpe de Estado".

O Rússia Unida obteve mais de 54% dos votos nessas eleições na Crimeia.

Ontem, Putin proclamou que "os resultados das eleições são a reação de nossos cidadãos à pressão exterior contra a Rússia, às ameaças, às sanções e às tentativas de aquecer o ambiente desde dentro". 

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