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Parlamento russo proíbe adoção de crianças

A Câmara alta do Parlamento russo votou com unanimidade a favor da medida que proíbe a adoção de crianças russas por norte-americanos


	Lei ainda precisa da sanção do presidente Vladimir Putin para entrar em vigor
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Lei ainda precisa da sanção do presidente Vladimir Putin para entrar em vigor (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 17h15.

Moscou - Desafiando uma onda de críticas domésticas e internacionais, a Rússia caminha para a proibição da adoção de crianças russas por norte-americanos. A câmara alta do Parlamento votou com unanimidade a favor da medida, que deve se tornar lei com a assinatura do presidente Vladimir Putin. Dias atrás, a câmara baixa já havia aprovado o projeto.

A medida é amplamente vista como uma retaliação da Rússia contra a lei norte-americana que define sanções contra russos que violarem os direitos humanos. A aprovação ocorre no momento em que Putin aprofunda sua atitude de confronto em relação ao Ocidente.

Dezenas de crianças russas que estavam próximas de serem adotadas por famílias norte-americanas agora deverão ser impedidas de deixarem o país. Mais de 60 mil crianças russas foram adotadas nos Estados Unidos nos últimos 20 anos. Segundo a Unicef, existem cerca de 740 mil crianças órfãs na Rússia.

A medida gerou fortes críticas tanto dos Estados Unidos quanto de autoridades russas, ativistas e artistas, que afirmam que a lei prejudica as crianças por privá-las da chance de ter uma família.

Sete pessoas que protestavam em frente ao Parlamento antes da votação foram detidas. "As crianças acabam congeladas na Guerra Fria", dizia um cartaz. Cerca de 60 pessoas protestaram em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia. As informações são da Associated Press.

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