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Parlamento líbio rejeita gabinete e pede governo de crise

Tanto o governo quanto o Parlamento líbio, eleito em junho e reconhecido internacionalmente, encontram-se refugiados na cidade de Tobruk, no leste do país

O premier líbio, Abdullah al-Thani: parlamento pediu um governo de crise com no máximo dez ministros (Mahmud Turkia/AFP)

O premier líbio, Abdullah al-Thani: parlamento pediu um governo de crise com no máximo dez ministros (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 15h42.

Bengasi - O Parlamento líbio rejeitou nesta quinta-feira o novo gabinete de 18 membros proposto pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani e pediu um governo de crise com um máximo de dez ministros, indicou um deputado.

Tanto o governo quanto o Parlamento líbio, eleito em junho e reconhecido internacionalmente, encontram-se refugiados na cidade de Tobruk (leste) devido à insegurança generalizada no país, incluindo a capital, onde foi instalada uma administração rival.

A insegurança foi colocada em evidência novamente nesta quinta-feira, quando homens armados não identificados assassinaram um general do exército líbio em Benghazi, a segunda cidade do país.

O general assassinado, Ahmed Habib al-Mesmari, ex-chefe do Estado-Maior da aviação, foi destituído em abril por ter participado de uma reunião do general dissidente Khalifa Haftar, que havia sido acusado pelas autoridades de realizar um golpe de Estado.

"Homens armados não identificados assassinaram na noite de quarta-feira o general Ahmed Habib al-Mesmari no bairro de Hadaek" em Benghazi, declarou à AFP uma fonte militar que pediu o anonimato.

A Líbia foi sacudida pela instabilidade política desde que um levante apoiado pela Otan derrubou e matou o ditador Muanmar Kadhafi, em 2011.

Thani apresentou na quarta-feira ao Parlamento uma equipe de 18 ministros, embora não tenha fornecido seus nomes, indicou o presidente da Câmara, Fradj Abu Hashem.

No entanto, um funcionário indicou que Thani propôs conservar a pasta chave da Defesa, concedendo a do Interior, também fundamental, a um ex-ministro, Ashur Shwayel, um independente.

Uma mulher e militante a favor dos direitos humanos, Farid al-Allagui, foi proposta como ministra das Relações Exteriores.

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