Trípoli - O Parlamento da Líbia, eleito em 25 de julho, solicitou nesta quarta-feira uma intervenção militar da ONU para proteger os civis dos enfrentamentos registrados na capital do país, Trípoli, e na cidade oriental de Benghazi.
Segundo o deputado Fatah Alah al Saiti disse à Agência Efe, a resolução contou com o apoio de 111 dos 124 dos parlamentares presentes na sessão, realizada na cidade de Tobruk.
Desde sua formação, a nova Assembleia Legislativa celebra suas reuniões em Tobruk, que fica próxima à fronteira do Egito e isolada dos choques armados que ocorrem nas duas principais cidades do país.
Os deputados pediram para o Conselho de Segurança das Nações Unidas intervir "urgentemente" no país com o objetivo de proteger a população e as instituições do Estado.
Segundo a agência de informação líbia "WAL", os deputados fizeram o pedido devido à sistemática rejeição das partes em conflito a largarem as armas e negociarem.
A situação de segurança piorou gravemente no país em maio, quando eclodiram enfrentamentos na cidade de Benghazi entre forças comandadas pelo general aposentado Jalifa Hafter e grupos armados islamitas.
Em 13 de julho, a situação se deteriorou ainda mais quando milícias da cidade de Misrata, situada a 200 quilômetros de Trípoli, lançaram uma ofensiva para assumir o controle do aeroporto internacional da capital, administrado desde 2011 por milicianos de Zintan, cidade localizada a 170 quilômetros de Trípoli.
Os enfrentamentos, que provocaram a fuga de milhares de pessoas, levaram vários países a retirarem seus cidadãos e corpo diplomático da Líbia.
*Atualizada às 10h55 do dia 13/08/2014
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1. Bomba relógio política
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1/5 (Milos Bicanski/Getty Images)
São Paulo – Não existe calmaria generalizada e a situação política e econômica de alguns países merecem destaque. Tina Fordham, analista política do Citi, ao lado de sua equipe, preparou um relatório apontando uma série de riscos políticos presentes em diversas partes do mundo. Clique nas fotos ao lado e conheça cinco deles.
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2. Oposição a Putin segue forte na Rússia
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2/5 (©AFP / Natalia Kolesnikova)
No relatório, Tina Fordham e sua equipe afirmam que a onda de protestos na Rússia tem as demonstrações mais fortes desde a perestroika. Eles apontam que observadores internacionais esperavam que os protestos diminuíssem no país após o então primeiro-ministro Vladimir Putin vencer as eleições e voltar a ser presidente do país. Aconteceu justamente o contrário e os protestos continuam. “Os preços brandos do petróleo e os planos para restringir o livre discurso sinalizam a possibilidade de um período de tensões pela frente, ao passo de que a classe média russa continuará desafiando ao governo”, afirmam a analista política do Citi. Na visão do Citi, o cenário atual limita reformas e modernizações na Rússia e dificulta que o governo volte a ter altos níveis de aprovação. “Acreditamos que a alta demanda por mudanças políticas é muito provável pelos próximos três anos”. A foto ao lado mostra a banda punk Pussy Riot, um dos símbolos atuais da oposição popular ao governo russo.
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3. A Grécia continua uma questão frágil
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3/5 (Milos Bicanski/Getty Images)
Na Grécia, com a mudança no padrão de vida que a austeridade causa - e, consequentemente, deixa a população descontente – o Citi alerta que aumentam as evidências de mais problemas sociais, como fome, pessoas sem casa e o aumento do risco de uma divisão violenta na Grécia. A situação aumenta a chances de que o país se torne algo que o Fórum Econômico Mundial chama de “critical fragile states”, que são países que não providenciam condições básicas para a população. Há também na Grécia o risco econômico. Recentemente, num outro relatório, o
Citi alertou que o país tem 90% de chances de deixar a zona do euro nos próximos 12 a 18 meses.
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4. O “homem-chave” da Venezuela
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4/5 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
As pesquisas mais recentes indicam que Hugo Chávez, atual presidente da Venezuela, deve se reeleger nas eleições que acontecem no país neste ano. A saúde do atual líder, porém, está fragilizada. Por mais que Chávez insista em dizer que está bem, não é possível confirmar seu real estado. Apesar da saúde frágil do atual líder, a Venezuela não apresenta um sucessor “na manga” para Chávez. O Citi reforça que há especulações sobre o que pode ocorrer caso Chávez faleça antes ou depois das eleições. Se isso acontecer, independente do momento, essa possibilidade deve mudar a maneira como o país monopoliza o setor de petróleo.
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5. Tensões entre Irã e Israel continuam
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5/5 (Jack Guez/AFP)
As especulações de que Israel poderia atacar o Irã por conta do programa nuclear do país crescem e a analista política do Citi também acredita nessa possibilidade. Na visão do Citi, as chances de uma ação militar acontecer contra o Irã e as locações de seu programa militar após as eleições nos Estados Unidos são maiores que 25%. Se nada acontecer logo após o pleito, a possibilidade aumenta na primeira metade de 2013.