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Parlamento líbio destitui primeiro-ministro Ali Zidan

Parlamento da Líbia aprovou uma moção de censura contra o primeiro-ministro, Ali Zidan


	Bandeira da Líbia: moção de censura contra Zidan ocorre em um momento de profunda crise política
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Bandeira da Líbia: moção de censura contra Zidan ocorre em um momento de profunda crise política (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 15h00.

Trípoli - O parlamento da Líbia aprovou nesta terça-feira uma moção de censura contra o primeiro-ministro, Ali Zidan, e designou em seu lugar o ministro da Defesa, Abdallah Al-Thani, confirmou à Agência Efe o deputado Hussein al Ansari.

Segundo Al Ansari, 121 dos 138 deputados que participaram do plenário parlamentar apoiaram a moção de censura contra Ali Zidan, que chegou à presidência do Executivo em 31 de outubro de 2012.

A moção de censura contra Zidan ocorre em um momento de profunda crise política, depois que várias personalidades mostraram sua rejeição à ampliação do mandato do parlamento, que terminou oficialmente em 7 de fevereiro.

Esta não é a primeira vez que os deputados tentavam forçar a retirada de Zidan. Em janeiro, um grupo de 99 deputados, entre eles os parlamentares do islamita Justiça e Construção, fracassaram em outra tentativa de realizar uma moção de censura.

Aquela situação deu lugar para vários ministros do partido islamita, a segunda força política do parlamento, se retirar do Executivo.

A sessão se desenvolveu em um ambiente de tensão devido ao fato de que várias dezenas de cidadãos tentaram invadir o Hotel Al Mahari, onde são realizadas as reuniões desde fevereiro, após outro grupo de manifestantes contrários à extensão do mandato parlamentar invadiu a sede do Congresso Nacional e a deixou em destroços.

Os manifestantes tentaram invadir a sala de reuniões depois que se estendeu a notícia de que o navio cisterna de bandeira norte-coreana que carregou no fim de semana passado suas adegas com petróleo obtido de umas instalações controladas por milicianos federalistas, tinha conseguido se safar do cerco imposto pela Armada líbia.

Fontes militares que preferiram não revelar sua identidade desmentiram à Agência Efe esta informação e asseguraram que apesar do navio ter tentado fugir para águas internacionais, as naves da Armada líbia o impediram e o mantinham cercado.

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